A Biblioteca Central da Bahia recebeu nesta terça-feira (10/06), a exposição “Toque da Fauna”, iniciativa da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) juntamente com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), proporcionaram uma experiência sensorial inédita para o público, especialmente pessoas com deficiência visual. A ação integra as políticas públicas de educação ambiental do Governo do Estado e reforça o compromisso com a inclusão e a democratização do acesso ao conhecimento sobre a fauna brasileira.
Para Mariana, diretora de Educação Ambiental da Sema, a exposição representa uma oportunidade única de aproximação com a natureza. “Essa exposição Toque da Fauna é importante porque conseguimos trazer para um público que normalmente não tem acesso a essa oportunidade de tocar, de sentir esses animais da nossa fauna brasileira. Estamos focando em um público que tem deficiência visual, então é uma chance de vivenciar essa experiência. Acompanhamos uma senhora que nunca tinha tido essa oportunidade e ela ficou impressionada. É bonito ver as pessoas se aproximando da natureza, especialmente da fauna brasileira”, destacou.
Mariana também ressaltou que a iniciativa está alinhada com as diretrizes da política estadual de educação ambiental. “Trabalhamos a educação ambiental de forma ampla, não só com escolas, mas em espaços como esse, transformando a biblioteca, que já é um espaço educador, em um ambiente de promoção da sustentabilidade. Todas as nossas ações são orientadas pela Política Estadual e pelo Programa Estadual de Educação Ambiental”, explicou.
A proposta sensorial da exposição foi detalhada por Nádia, representante do Parque Zoobotânico da Bahia, gerido pelo Inema e parceiro na ação. “A exposição foi pensada para atender um público diverso, mas principalmente para incluir pessoas com deficiência. Muitas vezes, quando vão ao zoológico, elas não têm contato direto com os animais. Aqui, podem sentir o tamanho, a textura, as características e até o cheiro dos animais, conhecendo melhor a fauna do nosso território. Queremos mostrar que elas também são importantes nessa parte da inclusão e do cuidado com o meio ambiente”, afirmou.
Entre as espécies representadas, estavam filhote de leão, tamanduá, bicho-preguiça, tatu, entre outros. “A interação é realmente o toque. O público pode sentir o pelo, perceber se o animal é grande ou pequeno, se é mamífero ou réptil, se tem hábitos noturnos. Tudo isso amplia o conhecimento e a curiosidade sobre a nossa fauna”, completou Nádia.
A experiência foi especialmente marcante para Sandra, de 66 anos, que participou da exposição. “Foi magnífico, muito bom. O diferencial entre um animal e outro, o pelo do tatu, do porco-espinho… São coisas que a gente só vê na televisão, nunca pensei em pegar para ver como realmente é. Hoje eu vi e gostei muito. Acho que vou pensar mais em passar para meus netos e filhos a importância de cuidar da nossa fauna. É muito importante mesmo. A gente faz tanta coisa e não cuida dessa coisa maravilhosa que Deus nos deu”, relatou emocionada.
A exposição “Toque da Fauna” reforça a importância de iniciativas interativas e inclusivas para a formação de uma consciência ambiental mais empática, promovendo o contato direto com a biodiversidade e despertando o interesse pela preservação do meio ambiente entre todos os públicos.