Na última sexta-feira (16), o Hospital Ophir Loyola (HOL), em Belém (PA), realizou o III Simpósio de Serviço Social da instituição com o tema “Gestão de Serviços Sociais na Assistência em Saúde - Promoção da Equidade". O evento contou com uma série de palestras ministradas por profissionais da equipe multiprofissional do hospital e convidados, abordando temas fundamentais para a atuação social na área da saúde. Na véspera do simpósio (15), pacientes e colaboradores do HOL também foram presenteados com um espetáculo lúdico promovido pela instituição, com apresentação do musicista Anderson Freitas caldeiras, do dançarino Rolon Ho e a oferta de cuidados com a beleza.
O simpósio reafirma o compromisso do HOL com a formação contínua da equipe multiprofissional, referência no tratamento oncológico na região. Ao longo do evento, foram debatidos assuntos que envolveram desde a promoção da equidade no ambiente hospitalar até a valorização e o respeito aos direitos da população.
A superintendente técnica e assistencial do HOL, Dra. Cássia Watrin, também reforçou a importância do diálogo permanente entre as diferentes áreas da saúde, reafirmando o papel do Serviço Social como pilar essencial na busca por um atendimento mais humano, equitativo e inclusivo. “O trabalho dos assistentes sociais é imprescindível para que possamos oferecer um cuidado integral ao paciente. Esses profissionais atuam na linha de frente do acolhimento, na escuta ativa e na garantia de direitos, o que torna a assistência mais eficiente, ética e humana. Eventos como este fortalecem a prática e ampliam a consciência coletiva dentro das unidades de saúde”, afirmou.
O assistente social, especialmente no contexto hospitalar, é essencial na mediação de direitos e na promoção do acesso a políticas públicas de diversos a políticas públicas. A assistente social do HOL e palestrante do evento, Cristina Belém, destacou a importância de se garantir a equidade no âmbito da oncologia e cuidados paliativos, ressaltando o papel ético e técnico da categoria.
“As demandas do serviço social no HOL são amplas, desde a sensibilização de famílias em casos de abandono até a orientação para acesso aos direitos, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Por isso, é fundamental discutir esses temas com os profissionais. Esse conhecimento é necessário para que a equidade seja efetivada dentro do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou.
O simpósio também reforçou a importância do serviço social nos cuidados oferecidos em tratamentos como a radioterapia e nos processos de transplantes renais e de córnea realizados pelo hospital. A assistente social Mônica Sosinho, também palestrante do evento, ressaltou a atuação da categoria como elo entre os pacientes e a equipe multiprofissional.
“O Serviço Social atua na mediação, intervenção e garantia de direitos. A radioterapia, por exemplo, é voltada ao tratamento clínico oncológico, enquanto o transplante envolve pacientes com doenças renais crônicas. Em ambos os casos, o assistente social contribui para o êxito do tratamento, articulando junto aos médicos e demais profissionais de saúde”, explicou.
Entre os temas abordados nas mesas-redondas, ganhou destaque a valorização da diversidade e o fortalecimento dos direitos de populações em situação de vulnerabilidade. A terapeuta ocupacional do HOL, mulher trans e travesti, Bethanny Veronica, defendeu a inclusão e o respeito à população LGBTQIAPN+ também dentro do ambiente hospitalar.
“Garantir o acesso à saúde a pessoas em situação de vulnerabilidade deve ser uma responsabilidade de toda a sociedade. Discutir esse tema com a equipe multiprofissional do HOL é essencial. É igualmente importante assegurar que a inclusão ocorra em todas as esferas, inclusive com a presença de pessoas LGBTQIAPN+ em diversas funções dentro da área da saúde”, destacou.