O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, acompanhado da primeira-dama e secretária extraordinária de Participações Sociais, Karynne Sotero, inaugurou nesta terça-feira, 12, o Centro de Equoterapia da Polícia Militar do Tocantins (CEPM). O novo espaço, localizado nas dependências do Museu Palacinho, é amplo e conta com estrutura adequada para atividades terapêuticas utilizando cavalos como parte do tratamento. Na ocasião, o governador também entregou 10 cavalos que vão compor o Regimento de Polícia Montada, 20 novas viaturas para a corporação e diversos acessórios que serão utilizados na equoterapia.
Durante o evento, o governador Wanderlei Barbosa destacou o papel social da Polícia Militar do Tocantins (PMTO), que, além do trabalho ostensivo para garantir a segurança, também se dedica a atender pessoas que necessitam desse tipo de serviço. “Essa é uma grande vitória para o Tocantins. Com este Centro, vamos proporcionar uma assistência completa para a reabilitação de pessoas com deficiência. É uma demonstração do nosso compromisso com o bem-estar social e a inclusão”, ressaltou o governador.
O comandante-geral da Polícia Militar do Tocantins, coronel Márcio Barbosa, destacou a importância dessa nova estrutura para a população. “Este é um marco para a PMTO e para o Estado, pois a cavalaria da Polícia Militar foi criada na gestão Wanderlei Barbosa e, com quase dois anos, já conseguimos avançar bastante. A criação de um Centro de Equoterapia reforça o nosso compromisso com a sociedade, pois além do policiamento ostensivo, trabalhamos o social com os tocantinenses”, pontuou o comandante-geral.
Centro de Equoterapia
Com o Centro de Equoterapia, o Governo do Tocantins, por meio do Regimento de Polícia Montada (RPMon) da PMTO, oferecerá tratamento especializado com uma equipe de profissionais qualificados, utilizando cavalos como parte da terapia. O serviço é especializado e gratuito para pessoas com deficiência, podendo ser realizado de segunda a quinta-feira, nos períodos matutino e vespertino.
O Centro de Equoterapia está localizado no Palacinho, onde as sessões acontecem ao ar livre, em espaço cedido pelo Governo do Tocantins. A reforma do local foi financiada pela Fundação Pró-Tocantins, que também doou diversos itens essenciais para a prática de equitação, como selas e mantas adaptadas para equoterapia, capacetes, coletes, uniformes e materiais psicopedagógicos.
Atualmente, o projeto-piloto da unidade atende pessoas com deficiência ou necessidades especiais a partir de 2 anos de idade. Na primeira etapa, foram selecionadas 17 pessoas entre quase 60 inscritos. A expectativa é de que a equipe atenda 80 pessoas por mês. Nas segundas e quartas-feiras, o serviço é oferecido pela manhã e à tarde, enquanto nas terças e quintas-feiras, os atendimentos ocorrem apenas pela manhã. Às sextas-feiras, as atividades são dedicadas ao treinamento da equipe.
A comandante do 2º Esquadrão de Equoterapia, primeira-tenente Eliane Vieira, que coordena o CEPM, afirmou que o Centro oferece atendimento personalizado e de qualidade. “Nosso atendimento é gratuito e alinhado ao projeto da cavalaria, que oferece assistência, por meio da Polícia Militar, ao público interno e externo. O praticante vem encaminhado pelo médico assistente e nossa equipe realiza a triagem e a adequação para um atendimento personalizado”, explicou.
O projeto de equoterapia envolve uma equipe multidisciplinar composta por profissionais de diversas áreas, como psicólogos, fisioterapeutas, veterinários, equitadores, pedagogos, assistentes sociais e enfermeiros, todos treinados para atender o público de acordo com as diretrizes da atividade equiterapêutica, proporcionando um tratamento completo e eficaz para os pacientes.
A fisioterapeuta do Centro de Equoterapia, Érika Lucena, destacou que os benefícios da terapia são inúmeros e que, já no projeto-piloto, os resultados são positivos. “A equoterapia oferece vários benefícios. Os movimentos do cavalo estimulam o cérebro e ajudam a melhorar a capacidade motora de quem tem dificuldades de locomoção. Além disso, a terapia reduz a agitação e melhora a concentração e a cognição”, esclareceu Érika.
Desde que iniciou a equoterapia, Fiamma da Costa, mãe de Vitor Hugo, de 7 anos, diagnosticado com espectro autista aos três anos de idade, relatou que seu filho já apresenta uma melhora evidente. “Começamos recentemente e já vejo mudanças. O Vitor está mais desenvolvido, mais independente e mais comunicativo. Esse tratamento é maravilhoso”, afirmou.
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