O programa "Diálogos sobre o Patrimônio" teve mais uma edição de sucesso na manhã desta segunda-feira, 21. Promovido pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), por meio do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Dphac), o tema da vez foram as “multilinguagens artísticas do Theatro da Paz”. A programação teve início às 9h, no Foyer do próprio Theatro, com grandes artistas.
Ao todo foram quatro bate-papos, cada um voltado para uma das linguagens artísticas acolhidas pelo equipamento - o Teatro, a Dança, a Poesia e a Música. “Foi um encontro chamando essas pessoas, que representam essas diferentes vertentes, e a sociedade civil para participar, para a gente entender um pouquinho mais como é que funciona o dia a dia do Theatro, quais são os níveis de pertencimento dessas pessoas com esse bem”, conta Rebeca Ribeiro, diretora do Dphac.
Participaram das mesas o ator e diretor teatral Paulo Santana, com a professora, atriz, diretora de teatro e ativista Zélia Amador de Deus, para tratar sobre a linguagem artística do Teatro. Ana Unger, bailarina e diretora artística, falou sobre a Dança com a professora e técnica em dança Mayrla dos Santos. Já para o tema da Poesia, os convidados foram os poetas e escritores João de Jesus Paes Loureiro, Juraci Siqueira e Renato Gusmão. Por fim, a Música foi debatida pelo multi-instrumentista, compositor e produtor musical Luiz Pardal, com o músico e cantor Yuri Guedelha, e o guitarrista e produtor Pio Lobato, um dos principais nomes da ‘guitarrada’ paraense.
“Nós conseguimos atingir o que desejávamos, teve um público espontâneo muito bom, e que interagiu, fez perguntas, participou realmente. Então, nosso papel é continuar promovendo eventos de diálogos sobre o patrimônio, como parte do nosso trabalho de valorização do patrimônio através da educação patrimonial. Chamar a sociedade para participar, para estar dentro, para entender como é que isso funciona, para valorizar e reconhecer aquilo que é nosso, fazer parte e ajudar nessa defesa e promoção do patrimônio”, conclui Rebeca.
“Foi bem interessante porque a gente, como público, não imagina muitas coisas que acontecem nos bastidores e o quanto os teatros de modo geral, mas o Theatro da Paz, especialmente, são importantes e contribuem pra manter a arte da nossa cidade ativa, independente da linguagem”, diz Ricardo Nunes, estudante que participou da ação.
A iniciativa também abordou a campanha de reconhecimento via Unesco dos teatros da Amazônia, um trabalho de candidatura dupla, que envolve o Theatro da Paz junto com o Teatro Amazonas.
Além disso, houve a apresentação de um Roteiro do Imaginário do Theatro da Paz, elaborado pelo antropólogo Gabriel Rodrigues, baseado em suas pesquisas de mestrado "Ecos de um Theatro Assombrado: um estudo de caso sobre as relações entre materialidade, visagens e o Theatro da Paz, Belém (PA)".
Texto: Juliana Amaral - Ascom/Secult
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