Referência em cardiologia e neurologia de alta complexidade, o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade do Governo do Estado gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), realizou mais um procedimento inédito. Dessa vez, a Hemodinâmica da unidade hospitalar fez a primeira Derivação Intra-hepática Portossistêmica Transjugular (TIPS), um procedimento radiológico minimamente invasivo, que cria comunicação dentro do fígado entre um ramo da veia porta e a veia cava inferior, visando aliviar a pressão na veia porta, tratando complicações decorrentes da hipertensão portal em pacientes com doenças hepáticas.
O procedimento foi realizado na paciente Rosineide Alves, de 54 anos, do município de Guarabira, devido a uma cirrose hepática, com episódios de hemorragia digestiva, por varizes esofágicas, de difícil controle por endoscopia. Ela relatou que, desde o mês de abril, sofria com as pernas e pés inchando e muito cansaço. Ela procurou ajuda médica, mas mesmo com o uso de medicação os sintomas foram agravando. Até que no mês de setembro, após sucessivos episódios de vômitos, com a presença de sangue, e sem conseguir se alimentar, precisou ser internada no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. Devido à gravidade da doença, Rosineide foi transferida para o Hospital Metropolitano para a realização do TIPS.
De acordo com o radiologista intervencionista Luiz Gustavo, responsável por realizar o procedimento na paciente juntamente com o radiologista intervencionista Marcos Barbosa, do ponto de vista técnico, o TIPS é um dos procedimentos mais complexos da radiologia intervencionista, pois envolve diversas técnicas avançadas, como angiografia, punção de víscera sólida, angioplastia, implantação de stents e embolização, entre outras. Sua execução demanda alta precisão e conhecimento especializado.
Após o procedimento, a paciente apresentou melhoras, conseguindo se alimentar e sem episódios de vômitos. “Agradeço muito a Deus e ao Hospital Metropolitano por esse procedimento. Estava sofrendo demais com essa doença. Tive que me afastar do meu trabalho, deixar a minha casa e ir morar com a minha irmã. Então eu tenho fé que agora vou melhorar e voltar para minha casa e meu trabalho”, disse Rosineide.
Para o diretor técnico, Matheus Agra, esta é uma conquista significativa, não apenas para o Metropolitano, mas, principalmente, para os pacientes que precisam de tratamentos avançados e que, muitas vezes, não têm acesso a eles. “Esse procedimento representa um marco na nossa missão de oferecer cuidados de saúde de qualidade e acessíveis a todos. Continuamos comprometidos em buscar novas soluções e tecnologias que possam transformar a assistência à saúde no nosso sistema público”, ressaltou o diretor.
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