O projeto Do Chão para o Chão, que deu origem a esta exposição, foi iniciado em 2019, durante uma viagem que Helena Lopes fez à Polônia, país de seus ascendentes. Ao visitar um antigo campo de concentração, chamou-lhe a atenção as propriedades do chão que, diferentemente do restante do lugar, não havia sido reparado. A artista vislumbrou ali cartografias compostas pelos acontecimentos que se sobrepuseram, conferindo ao chão singularidade e complexidade, em imagens formadas por linhas, colorações, espaços. Os chãos foram fotografados e posteriormente sofreram interferência digital, resultando em imagens pixeladas, texturizadas e em movimento.
A pesquisa parte de um momento histórico da humanidade, a Segunda Guerra Mundial, as imagens são do piso dos galpões percorridos, de um campo de concentração transformado em museu. As imagens criadas no computador estão impressas em fine art em grandes formatos, e também deram origem a uma videoarte, que integra a exposição. A expografia busca criar um ritmo onde as imagens fluem delicadamente.
A mostra, tem curadoria da renomada Renata Azambuja e expografia de Gero Tavares e você pode visitá-la até 29 de outubro de terça a sábado, das 12h às 20h, e aos domingos, das 12h às 19h. E o melhor de tudo, a entrada é gratuita.
No mês de outubro, terão atividades extras. No dia 4, às 19h, Helena Lopes e Renata Azambuja vão bater um papo com o público e fazer uma visita guiada pela exposição. Já no dia 18, também às 19h, terá um bate-papo literário sobre os livros “Do Chão para o Chão” e “Meu pai, um desconhecido”, de David Levisky. Os dois livros exploram a ancestralidade e a memória pessoal e coletiva.
Foto: Divulgação
Helena Lopes é pintora, gravadora e professora. Formada em Artes Plásticas pela Universidade de Brasília, dedicava-se à gravura em metal. Sua primeira exposição ocorreu em 1980. Em 1986 recebeu uma bolsa de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico para desenvolver o projeto Cerrado: Fonte Geradora de Imagens em Gravura em Metal. Como professora, ao lado de Stella Maris Figueiredo Bertinazzo, fundou o Ateliê de Gravura, embrião do que mais tarde viria a ser o Núcleo de Gravura do Instituto de Artes da Universidade de Brasília. A partir de 1998, começa a dedicar-se à pintura, em diferentes suportes. Participou de várias exposições no Brasil e no exterior.
Foto: Divulgação
Mais informações no site .
O que: Exposição "Do chão para o Chão" de Helena Lopes
Onde: Unibes Cultural - Rua Oscar Freire, 2500 - Sumaré
Quando: Até 29/10/23 (de Terça a Domingo)
Quanto: Grátis (ingressos podem ser retirados aqui)
Mín. 18° Máx. 25°