Imagine poder sentir as cores e formas de um grafite com as mãos? É exatamente isso que esse projeto inovador proporciona, uma experiência completa e imersiva para deficientes visuais. Temos várias iniciativas para “traduzir” para deficientes visuais, auditivos e PCDs ao redor do mundo. O Museu do Vaticano, por exemplo, reúne esforços para traduzir as pinturas seculares de seu acervo para que sejam interpretadas pelos deficientes visuais através dos demais sentidos.
Pensando nisso, o projeto percebeu que os deficientes visuais têm a chance de conviver com obras de arte num espaço controlado, porém na cidade, com sua urbanização e suas dimensões, não trazem esta possibilidade.
Aí está a relevância. Você como VIDENTE consegue ver o Graffiti, gostar, detestar, achar lindo, achar feito, se emocionar, mas o CEGO não. Mesmo através da Audiodescrição é impossível captar a magnitude de uma parede ou de uma empena, de arte cobrindo o espaço público em uma cidade. Graffiti é grande, é muralismo.
Foram inúmeros diálogos com que envolveram entidades sociais, produtores culturais, acadêmicos, engenheiros e artistas, inclusive internacionais como o israelense Roy Nachun e The Blind, grafiteiro francês.
A arte com tentativa de aproximação com a comunidade NÃO VIDENTE, ou cega, já fez parte de trabalhos de Roy Nachum através de telas com aplicações Braille e The Blind inserindo frases nos muros, mas não são descritivas das obras pintadas, mas somente frases aplicadas. Este projeto é realmente descritivo. Vamos ser os pioneiros mundiais de Graffiti #PraCegoVer. E as obras estarão lá, contando a história do projeto, até o dia 19 de outubro!
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