O Senado aprovou, com 41 votos a favor, 2 contrários e 2 abstenções, a indicação do diplomata Arthur Henrique Villanova Nogueira para a chefia da embaixada brasileira em Malaui, cumulativamente com a da representação na Zâmbia, onde já atua como embaixador ( MSF 16/2023 ).
Nascido em Belo Horizonte em 1956, Arthur Henrique Villanova Nogueira é ministro de segunda classe do quadro especial, tendo ingressado no Itamaraty em 1980. É formado em Letras, tradutor e intérprete de inglês e alemão, e se formou também em Direito. O diplomata serviu em representações brasileiras na Europa, na Ásia e na África. Também atuou no Canadá e em Cuba.
Em sua sabatina na Comissão de Relações Exteriores (CRE), Nogueira lembrou que, a despeito de ser uma nação muito pobre, o Malaui tem sido um grande importador de produtos brasileiros, especialmente alimentos. Ele disse que o Malaui é um país muito pobre, com escassos recursos naturais e humanos, com PIB de US$ 7,7 bilhões. O relator da indicação de Nogueira foi o senador Wellington Fagundes (PL-MT).
O Malaui é uma república presidencialista localizada no continente africano, com parlamento unicameral. O país conta com uma população de aproximadamente 20 milhões de pessoas e uma expectativa de vida de 65 anos. A base da economia é a agricultura, como o milho e o fumo, responsável por quase 40% do PIB, bem como por 90% das exportações.
>Desde 1964, o Brasil e o Malaui mantêm relações diplomáticas e cooperação técnica bilateral, envolvendo diálogo e intercâmbio sobre políticas públicas de saúde e de agricultura, a exemplo dos projetos de fortalecimento do setor algodoeiro. Contudo, a embaixada do Brasil no país foi fechada em 2022 e, com isso, a embaixada na Zâmbia (Lusaka) passou a responder, cumulativamente, pelas relações bilaterais.
Em relação ao intercâmbio comercial, o relator destaca que as transações dos últimos anos resultaram em um saldo positivo para o Brasil. As carnes de aves compõem 67% das exportações brasileiras, seguidas de produtos para a indústria de transformação, como tratores. Já o tabaco é o único produto importado pelo Brasil.
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