O senador JorgeKajuru(PSB-GO), em pronunciamento nesta quarta-feira (24), criticou o parecer contrário doInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para exploração de petróleo e gás do pré-sal pela Petrobras na costa do Amapá. Segundo o senador, o poço não causaria impacto ambiental, pois fica a 175 quilômetros da costa e mais de 500 quilômetros da foz do Amazonas.
— A preservação ambiental da região amazônica é um ativo único. Dele o Brasil não pode abrir mão, mas o desenvolvimento econômico da região também pode passar pela exploração de petróleo na chamada Margem Equatorial, uma extensa área entre o Norte e o Nordeste, com enorme potencial para a prospecção de petróleo. Fica perto de Guiana, onde foram já descobertos mais de 11 bilhões de barris, e o país, com a exportação do produto, cresceu mais de 60% no ano passado. Estimativas otimistas projetam para o Brasil cerca de US$ 200 bilhões em arrecadação e distribuição deroyaltiescom a possível exploração do petróleo na costa norte do país — afirmou.
Kajurutambém observou declaração da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de que “uma decisão técnica, em um governo republicano e democrático, é cumprida e respeitada”. Porém, disse o senador, a Petrobras pode apresentar novos documentos e estudos para tentar provar que não existe risco ambiental nas atividades de pesquisas e extração de recursos na foz do Amazonas.
Para ele, o país tem a oportunidade de discutir, com transparência e participação, o futuro das políticas energética e ambiental, especialmente sobre como compatibilizá-las.
— Acredito eu que o país tem capacidade para encontrar um modelo seguro que garanta a exploração sustentável da região amazônica, com desdobramentos positivos para o conjunto da população brasileira. Torço para que o presidente Lula alcance o ápice da sabedoria ao fazer a arbitragem desse lamentável impasse — concluiu.
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