A atuação do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA) deve se pautar pela moderação e pelo diálogo. A avaliação é do diplomata Benoni Belli, indicado para o cargo de representante permanente do Brasil junto à instituição. O nome de Benoni Belli para a OEA foi aprovado nesta quinta-feira (18) pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) por 15 votos a favor.
— O Brasil sempre se notabilizou por defender as normas internacionais multilaterais negociadas. Na OEA, com todos os desafios e até mesmo as discordâncias que possam surgir, cabe ao Brasil uma liderança pelo exemplo, pela consistência de suas posições, pela moderação, pela capacidade de aproximar os opostos, abrindo canais de diálogo, como é da boa tradição da nossa diplomacia — afirmou Belli.
A mensagem ( MSF 22/2023 ) foi relatada pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e segue agora para a análise do Plenário. O parlamentar lembrou que a OEA é a mais antiga organização regional em atividade, concebida para "construir uma ordem de paz e justiça, promover a solidariedade e a cooperação e defender a soberania, a integridade territorial e a independência de seus membros".
— A atuação do Brasil no sistema interamericano centra-se na promoção dos pilares definidos na visão estratégica da OEA: democracia, desenvolvimento integral, direitos humanos e segurança multidimensional. Esses pilares estão de acordo com os princípios de soberania, cidadania e dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político consagrados em nossa Constituição. Entre 2020 e 2022, o Brasil engajou-se sobretudo em temas relativos ao pilar de democracia da OEA, a exemplo das iniciativas da organização sobre a crise na Venezuela e a situação na Nicarágua — disse Mourão.
O diplomata Benoni Belli nasceu em Florianópolis (SC) e tem 55 anos. Formado em Direito, ingressou no Instituto Rio Branco em 1994. Atuou em países como Argélia e Estados Unidos. É cônsul-geral em Chicago desde 2020.
Mín. 22° Máx. 32°