Em pronunciamento nesta quarta-feira (17), o senador Paulo Paim (PT-RS) falou sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio. A data foi escolhida em memória da morte da menina Araceli Cabrera Sánches Crespo, estuprada e morta aos 8 anos de idade, em 1973, no Espírito Santo. Um crime “dos mais hediondos da história brasileira”, cujos acusados nunca foram presos, destacou o senador.
O parlamentar alertou sobre a importância de conscientizar a população a denunciar este tipo crime e apresentou dados de uma pesquisa do Instituto Libertas na qual o Brasil aparece em segundo lugar no ranking da exploração sexual de crianças e adolescentes no mundo, atrás apenas da Tailândia. Por ano, são 500 mil vítimas, ressaltou Paim.
— Mas esse número pode ser ainda maior, já que apenas 7 em cada 100 casos são denunciados; 75% das vítimas são meninas e, em sua maioria, negras. Elas são vítimas de espancamentos, estupros, estão sujeitas ao vício em álcool e drogas (são induzidas, forçadas) e infecções sexualmente transmissíveis, infelizmente, também as vitimam.
Paim destacou ainda que é necessário um maior engajamento de todas as áreas da sociedade. Ele citou ações desenvolvidas em terras indígenas, entre elas a 2ª Mobilização de Mulheres Indígenas Caingangues, que discute o combate à violência contra a mulher indígena, crianças e idosos.
O senador também chamou a atenção para o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, comemorado nesta quarta.
— É triste a gente dizer que o Brasil é o segundo país do mundo que mais explora sexualmente crianças e adolescentes e também é o país do mundo que mais mata pessoas da comunidade LGBTQIA+, considerando os últimos 14 anos—lamentou.
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