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Homicídios de jovens cresceram 280% no distrito da Sé em uma década

Índice é oito vezes maior em comparação à média da capital paulista

Por: J6 Live Fonte: Agência Brasil
01/05/2025 às 15h26
Homicídios de jovens cresceram 280% no distrito da Sé em uma década
© Marcelo Camargo

Um levantamento da Rede Nossa São Paulo aponta que a Sé é o distrito mais violento da capital paulista para os jovens . Dos 96 distritos avaliados , a Sé registrou aumento de 280% na taxa de homicídio juvenil em uma década - calculado com base em pessoas com idade entre 15 e 29 anos. O índice é oito vezes superior à média do município .

No período de 2010 a 2020 , o total de óbitos no distrito subiu de 58,3 para 163,3 para cada 100 mil pessoas . Enquanto isso, a média dos demais distritos foi de 20,2 mortes para cada 100 mil habitantes .

A Sé também é o distrito com pior indicador de homicídios , 26,2 para cada 100 mil residentes. Os dados são do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade (PRO-AIM), vinculado à Coordenação de Epidemiologia e Informação, da Secretaria Municipal da Saúde.

Juntamente com a Sé, compõem a lista dos distritos com maior taxa de homicídio juvenil: Marsilac (162,6), Brás (130), Barra Funda (78,7) e São Miguel (50,3) .

Essa edição do Mapa da Desigualdade, divulgado nessa quarta-feira (30), também mostra que 28 distritos não registraram nenhum caso desse tipo de crime em 2020 , sendo vários deles pertencentes à região centro-sul da capital e de classes média e alta, como Pinheiros, Jardim Paulista e Vila Mariana.

Misoginia

Em relação às ocorrências de feminicídio , o distrito com pior resultado foi o da Barra Funda , com 18,65 casos para cada 10 mil mulheres residentes , com idade entre 20 e 59 anos. Além disso, os pesquisadores apuraram que 72 distritos não registraram casos .

A violência de gênero aparece, ainda, em outro recorte. Os especialistas da Rede Nossa São Paulo procuraram saber qual a distância média que as mulheres vítimas de agressões têm de percorrer para chegar a uma delegacia para prestar queixa ou pedir uma medida protetiva que impeça que os agressores se aproximem.

No caso do distrito de Pari , a distância é, em média, de 1,2 km, a menor verificada . Já as moradoras do Tremembé precisam enfrentar distância de 22,2 km .

Dados do Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam) 2025, lançado pelo Ministério das Mulheres apontam que, em 2024, foram registrados 1.450 feminicídios e 2.485 homicídios dolosos (com a intenção de matar) de mulheres e lesões corporais seguidas de morte.

A 10ª edição da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher , feita pelo Instituto DataSenado, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV), e divulgada em 2023, indicou que três a cada dez brasileiras já foram vítimas de violência doméstica. Uma parcela de 36% declarou que, se testemunhasse um ato de violência contra uma mulher, denunciaria o agressor somente se não corresse risco e 33% das entrevistadas disseram que prestariam queixa formal apenas se a agressão fosse grave.

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