A Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), juntamente com os diretores da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi), promoveram em Picos um curso de capacitação técnica voltado à defesa sanitária animal. A formação ocorreu durante dois dias, terminando nesta sexta-feira (25), e reuniu 62 técnicos agropecuários de 11 regionais do órgão.
A capacitação ocorre em um momento estratégico: o estado se prepara para receber, em maio, o reconhecimento internacional de Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
“O Piauí vive um novo momento na defesa agropecuária. Estamos prestes a alcançar um status sanitário inédito e isso exige um corpo técnico altamente qualificado”, afirma o secretário da Sada, Fábio Abreu. “Essa conquista significa mais que um certificado. É a possibilidade de abrir novos mercados, valorizar nossa produção e melhorar a renda no campo”, completou o gestor.
Durante o curso, os profissionais são atualizados sobre os principais programas sanitários, com foco em ações de fiscalização, vigilância ativa, controle de trânsito de animais, educação sanitária e atualização cadastral dos rebanhos.
O gerente da Adapi, Idílio Moura, fala mais sobre os objetivos desses eventos, que já ocorreram em outras duas regiões anteriores: Parnaíba e Teresina. “Nosso objetivo é garantir uma resposta rápida a qualquer ocorrência suspeita de doença. Por isso, estamos fortalecendo a integração com os produtores, que precisam comunicar imediatamente qualquer anormalidade no rebanho e manter os cadastros sempre atualizados”, explicou Idílio, lembrando que ainda devem ocorrer mais dois encontros, nas regiões do Extremo Sul do Estado, entre elas, São Raimundo Nonato.
Com o novo status, o desafio passa a ser a manutenção da certificação. “Mais que alcançar esse reconhecimento, temos que mantê-lo. Isso exige compromisso constante com a vigilância sanitária e com o diálogo com o setor produtivo. Uma defesa agropecuária forte gera emprego, renda e melhora a qualidade de vida no campo”, completou Idílio.