O Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) realiza um procedimento indispensável para o tratamento de pacientes oncológicos. Trata-se da doação de plaquetas por aférese, método em que o procedimento é feito com o auxílio de equipamento que separa os componentes do sangue total (plasma, glóbulos brancos, vermelhos e as plaquetas), e por meio de centrifugação, apenas a plaqueta é separada, os outros componentes retornam automaticamente para o doador.
As plaquetas são as células responsáveis pela coagulação sanguínea e atuam quando um vaso ou um órgão do corpo sofre uma lesão, formando uma barreira que impede o sangramento. Essas células doadas são repostas pelo próprio organismo em até 24 horas, o que possibilita ao doador, se desejar, fazer uma nova doação 48 horas depois de ter doado, sem prejuízo algum para a saúde.
A técnica de enfermagem Elienai Joeli Freire do Nascimento explicou que o processo de doação por aférese é simples, seguro e tem duração de pouco mais de 90 minutos. “O doador é conectado ao equipamento, o sangue é retirado da veia de um dos braços desse voluntário e passa pelo equipamento automatizado, que retém parte das plaquetas. Depois disso, o sangue retorna para o doador, com todos os outros componentes. É um procedimento monitorado, livre de contaminações, que tem como principal benefício ajudar no tratamento de diversas patologias, entre elas o câncer”, informou a técnica.
Solidariedade
Aline Alves, 37 anos, além de doadora de sangue convencional há 19 anos, também é doadora de plaquetas por aférese há pouco mais de cinco anos. Ela conta com orgulho que faz a doação dupla, o equivalente a oito bolsas de sangue normal. “A doação de plaquetas é um pouco mais demorada, mas parecida com a doação de sangue convencional, usa a mesma agulha. Porém a maior satisfação é saber que a quantidade de pessoas que eu já tive a oportunidade de ajudar a se recuperar de alguma doença ou até mesmo salvar a vida delas”, contou Aline.
Captação
De acordo com a gerente de Ações Estratégica do Hemose, Rozeli Dantas, a doação de plaquetas é um serviço fundamental e, por isso, o setor trabalha para ampliar o número de pessoas em condições de saúde para contribuir com esse serviço. “Nós conversamos com os doadores aqui no Hemose e também ligamos para convidá-los a conhecer o serviço. As plaquetas têm apenas cinco dias de vida, por isso convidamos em média três doadores por dia, mas nem todos comparecem, ou não estão aptos a doar. Precisamos que as pessoas conheçam e entendam esse trabalho, para que o número de doadores aumente”, pontuou Rozeli.
Serviço
É importante ressaltar que, quando as pessoas doam plaquetas, elas estão contribuindo com a manutenção de procedimentos cirúrgicos de grande porte, como transplantes de medula óssea, tratamento contra o câncer, aplasia medulares, vítimas de acidentes com traumas, pois eles precisam de plaquetas para evitar hemorragias.
Para realizar a doação de plaquetas, é preciso ser doador de sangue convencional, sendo que a última doação tenha no mínimo um ano, ter idade de 18 a 65 anos, altura acima de 1,60 metros, peso acima de 60 quilos. No caso das mulheres, a doadora pode ter tido no máximo duas gestações. Mais informações nos telefones (79) 3225-8019 e 3225-8039.