Entre a última sexta-feira (3) e este sábado (4), o Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) realizou a captação de órgãos de quatro pacientes diagnosticados com morte encefálica. O procedimento só foi possível graças às suas famílias, que mesmo em meio à dor da perda, exerceram o desejo de seus parentes pela doação de órgãos, e com este gesto irão ajudar pessoas que aguardam na fila por transplante.
Equipes do Programa Estadual de Transplantes (PET) foram acionadas pelo HGNI para fazer o procedimento de captação dos órgãos. Foram doados fígados, rins e tecidos.
“Receber a notícia da morte de um parente é muito dolorosa. É preciso uma equipe preparada e capacitada para este momento. Doar órgãos e tecidos é um ato de generosidade que salva tantas vidas”, destaca Luiz Carlos Nobre Cavalcanti, secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu.
O HGNI se tornou referência no Estado para diminuir a lista de pessoas que aguardam a doação de órgãos. Em 2024, foram 33 procedimentos realizados com mais de 70 órgãos e tecidos transplantados, sendo o terceiro maior centro de captações do Rio de Janeiro.
“A doação de órgãos é um gesto de amor que salva milhares de vidas, sendo realizado com rigor técnico. Um ato transformador que oferece esperança a quem mais precisa”, disse a diretora administrativa do programa RJ Transplantes da SES-RJ, Priscila Paura.
O hospital conta com uma equipe multidisciplinar composta por médicos e enfermeiros que integram a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT).
Segundo a médica Roberta Carvalho, coordenadora do CIHDOTT, grande parte dos órgãos doados no hospital são fígado, rins e córneas.
“As famílias são acolhidas e informadas do direito de optarem pela doação. Após essa decisão, é feita uma avaliação clínica criteriosa dos pacientes para saber quais estão aptos ao transplante. Quando os doadores já comunicaram à família sobre o desejo de doar, mais fácil é para a família tomar essa decisão e mais rápido será a captação e efetivação do transplante, salvando mais vidas”, afirma.
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