A segunda edição do curso de formação de multiplicadores de polícia antirracista, promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), foi finalizada no dia 8 deste mês, com a participação 33 profissionais. Entre eles, havia policiais militares, policiais civis, peritos e representantes das secretarias de segurança pública de 23 unidades federativas. O Pará participou ativamente do evento, que começou em 29 de outubro.
De acordo com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, o principal objetivo da formação é preparar agentes com foco nos princípios dos direitos humanos e da consciência ética sobre a diversidade da sociedade brasileira, para que assim eles possam contribuir no enfrentamento da desigualdade racial no país.
A capacitação apresentou conhecimentos sobre letramento racial, abordagem policial antirracista, racismo estrutural e institucional e outras disciplinas que agregam na construção de uma segurança pública antirracista.
O Pará foi representado pelo assessor técnico do Instituto de Ensino em Segurança Pública (Iesp), coronel PM Elson Brito. “Saber que há uma proposta do Governo Federal em enfrentar o racismo e saber que a segurança pública do Pará sempre priorizou uma política de respeito aos direitos humanos, faz com que está capacitação sirva de instrumento para melhorar o atendimento dos agentes de segurança em defesa da pessoa humana. Um seminário antirracista e a capacitação de agentes de segurança pública são ações que serão discutidas no próximo ano”, afirmou o coronel da PM do Pará.
Outro aspecto importante levantado pelo coronel Elson Britos diz respeito à troca de experiências entre os participantes. Ele acredita que o Pará se destacou no evento, por já ter em andamento ações de enfrentamento à violência contra mulher, LGBTQIA+, pessoa moradora de rua e outros grupos em desproteção social.
Atendimento às pessoas em situação de rua
Em 2024, de forma pioneira no Brasil, a Segup iniciou por meio do Instituto de Ensino de Segurança do Pará (Iesp), o curso com ação multidisciplinar para atendimento direcionado à população mais vulnerável.
Um total de seis turmas fizeram o curso, cujo objetivo foi dotar os servidores de habilidades específicas para um atendimento eficaz às pessoas em situação de rua. A capacitação abordou temas como vulnerabilidade, direitos humanos e estratégias de acolhimento. A iniciativa se debruçou sobre uma questão importante e frequentemente negligenciada, reconhecendo a necessidade de um atendimento humanizado e qualificado para quem vive nas ruas.
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