A Universidade Estadual do Maranhão (Uema), em parceria com o Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) e o Programa Indígena de Permanência e Oportunidades na Universidade (PIPOU), realizou o Fórum Estadual “Diálogos indígenas na Uema: fortalecendo a permanência universitária” nos dias 5 e 6 de novembro. O evento buscou promover discussões sobre mobilização estudantil indígena, políticas de permanência e visibilidade indígena no meio universitário.
Articulado pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis (Proexae), o evento teve abertura com representantes da Uema e do ISPN. “Para nós, é uma grande alegria poder realizar uma política tão importante, voltada para o diálogo e a troca de experiências que possam resultar em políticas afirmativas para nossos alunos”, afirmou a pró-reitora de Extensão e Assuntos Estudantis, Ilka Serra.
Ao longo da programação, o fórum abordou temas fundamentais para a vivência acadêmica indígena, incluindo a valorização dos direitos culturais, os impactos da digitalização e o fortalecimento das redes de apoio estudantil. As discussões também envolveram a importância da organização coletiva para promover o protagonismo indígena, explorando os desafios psicossociais enfrentados no ambiente universitário. Em diálogo com as pró-reitorias, representantes indígenas e gestores refletiram sobre como desenvolver políticas afirmativas e estratégias institucionais que respondam às necessidades específicas dos estudantes indígenas.
Laura Parintintin, estudante e palestrante convidada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ressaltou a importância do fórum para o compartilhamento de experiências. “É muito importante estar presente ao lado de outros parentes indígenas e dividir conhecimentos sobre políticas públicas e a participação dos estudantes indígenas na UFSC”, destacou, apontando o aprendizado mútuo proporcionado pelo encontro.
O fórum aconteceu no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), Campus Paulo VI, e foi direcionado a estudantes indígenas da Uema que participaram de fóruns regionais em São Luís, Santa Inês, Barra do Corda e Grajaú.
O vice-reitor Paulo Catunda destacou que acolher alunos indígenas é fundamental para que concluam sua jornada acadêmica e levem os conhecimentos de volta às suas comunidades. “Ouvir suas necessidades e entender os desafios que enfrentam é essencial para fortalecer sua permanência na universidade”, afirmou.
A abertura desse espaço de diálogo pela Uema é essencial para fortalecer a inclusão e a representatividade indígena no meio acadêmico, criando um ambiente onde as vozes e as vivências dos estudantes indígenas sejam ouvidas e valorizadas. O reitor da Uema, Walter Canales, ressaltou a relevância do fórum: “A Uema tem a responsabilidade de ser um espaço onde todos possam se ver e se sentir parte. Esse diálogo é um passo importante para construirmos uma universidade mais inclusiva e consciente das realidades indígenas”.
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