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Linhares recebe nona edição do Simpósio do Papaya Brasileiro

Teve início nesta terça-feira (05), no Espírito Santo, a nona edição do Simpósio do Papaya Brasileiro - Papaya Brasil 2024, considerado o principal...

06/11/2024 às 22h12
Por: J6 Live Fonte: Secom Espírito Santo
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Foto: Reprodução/Secom Espírito Santo
Foto: Reprodução/Secom Espírito Santo

Teve início nesta terça-feira (05), no Espírito Santo, a nona edição do Simpósio do Papaya Brasileiro - Papaya Brasil 2024, considerado o principal fórum técnico-científico dedicado à cadeia produtiva do mamão no País. Com o tema “Produção Sustentável com Qualidade”, o evento é realizado no auditório do Sesi de Linhares, município integrante do polo de produção e exportação da fruta no Estado.

Organizado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e pelo Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (Cedagro), em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex) e outros parceiros, o simpósio reúne representantes de instituições de pesquisa e profissionais dos setores de comercialização e exportação, para troca de conhecimentos científicos, tecnológicos e de mercado.

Na abertura do evento, o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, enalteceu a relevância do IX Simpósio do Papaya Brasileiro para o desenvolvimento sustentável do agronegócio capixaba. Segundo ele, o evento está em linha com as diretrizes do Plano Estadual de Desenvolvimento da Agricultura (Pedeag 4).

"O Espírito Santo, como principal exportador de mamão do Brasil, tem o compromisso de liderar iniciativas que promovam a qualidade e a sustentabilidade na produção. O Papaya Brasil 2024 é um exemplo disso", afirmou Bergoli.

O diretor-geral do Incaper, Antonio Elias Souza da Silva, destacou que o evento apresentará os mais recentes resultados de pesquisas científicas voltadas à cultura do mamoeiro, produzidos por diversas instituições brasileiras.

"Os conhecimentos para aumentar a produtividade das lavouras, melhorar a qualidade e a conservação dos frutos vêm sendo gerados em diversas instituições de Ensino, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do País, e devem ser socializados no meio científico e repassados para os setores de produção, comercialização e exportação, para serem adequadamente incorporados às boas práticas agrícolas utilizadas na produção e na pós-colheita do mamão", frisou Antonio Elias.

A programação técnica do evento foi iniciada com duas conferências. O presidente da Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF), Henrique Belmonte Petry, falou sobre "O agronegócio da fruticultura". Já o gerente de projetos da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Jorge de Souza, abordou o tema "Oportunidades e desafios na produção e comercialização de mamão no Brasil e no mundo".

Lançamento de livro do Incaper

A abertura do evento também foi marcada pelo lançamento do livro “Recomendações Técnicas para o Cultivo do Mamoeiro”. A publicação do Incaper reúne e atualiza resultados de pesquisas científicas para facilitar o acesso e a consulta de informações técnicas para produção da fruta. O livro pode ser baixado gratuitamente pelo site da Biblioteca Rui Tendinha ( clique para baixar ).

Programação até sexta-feira (08)

A programação do Papaya Brasil 2024 segue até sexta-feira (08), com painéis e palestras com especialistas do País e do exterior, que irão discutir as demandas do setor, o mercado interno e externo, e as soluções tecnológicas para o cultivo do mamoeiro. Os destaques são as inovações em melhoramento genético, sexagem de mudas, uso de bioinsumos e biofertilizantes e práticas para o manejo de doenças viróticas.

Ao todo, serão apresentados 80 trabalhos técnico-científicos de instituições de pesquisa de todo o país, com resultados de estudos nas áreas de biotecnologia, entomologia, fitopatologia, fisiologia de produção e pós-colheita, irrigação, melhoramento genético, propagação e socioeconomia.

O evento também conta com estandes de empresas ligadas à cadeia produtiva do mamão, que exibem produtos e tecnologias, além de uma visita técnica a uma grande empresa produtora e exportadora de mamão.

Seag apresenta estudos inéditos sobre a cadeia produtiva do mamão

Durante o evento, a Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) apresentará dois trabalhos técnico-científicos que traçam um panorama detalhado da cadeia produtiva do mamão capixaba e projetam o futuro do setor.

Um dos estudos, intitulado "Análise dos Macros Indicadores Socioeconômicos da Cadeia Produtiva do Mamão Capixaba de 2018 a 2023", oferece uma visão abrangente dos principais indicadores econômicos e sociais que influenciaram a cadeia produtiva nos últimos cinco anos. Já o "Plano Estratégico de Desenvolvimento da Cadeia do Mamão do Espírito Santo até 2032" apresenta diretrizes e ações estratégicas para impulsionar o desenvolvimento sustentável do setor, alinhando-se às metas do Pedeag 4.

Trabalhos do Incaper e Anais do simpósio

O Incaper também já publicou os Anais do simpósio, com resumos de todos os trabalhos aprovados para apresentação. A publicação pode ser baixada no site da Biblioteca Rui Tendinha ( clique para baixar ).

Pesquisadores do Instituto apresentarão três trabalhos no simpósio: "Uso de indutores de resistência e os reflexos nos atributos fisiológicos em mudas de mamoeiro", "Formigas cortadeiras associadas a cultura do mamoeiro na região norte do estado do Espírito Santo" e "Características biométricas de mamoeiros jovens em função de doses de nematicidas químicos aplicado no solo".

Produção capixaba de mamão

Em 2023, o Espírito Santo produziu 352 mil toneladas de mamão, em área colhida de aproximadamente 6 mil hectares. O valor da produção de fruta alcançou R$ 1,1 bilhão, representando 4,85% do Valor Bruto de Produção capixaba do ano passado. Vinte e cinco municípios capixabas produzem mamão, sendo Pinheiros, Montanha e Linhares os maiores produtores.

O Estado é o maior exportador de mamão do Brasil. A fruta foi o 5º produto da pauta de exportação do agronegócio capixaba em 2023, gerando 21 milhões de dólares em divisas. Neste ano, até setembro, foi registrada alta de 38,9% nas exportações. Os dados foram levantados pela Gerência de Dados e Análises da Seag.

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