O 1º Festival Literário Internacional da Paraíba - FliParaíba, que acontece em João Pessoa, de 28 a 30 de novembro, divulgou mais três nomes confirmados na programação: o escritor angolano António Quino, o escritor brasileiro Alexei Bueno, e a pesquisadora italiana Maria Bochicchio. Os três vão participar de mesas de discussão na sexta-feira (29), no Centro Cultural São Francisco. O Festival é realizado pelo Governo da Paraíba em parceria com a Associação Portugal Brasil 200 anos (APBRA), e tem como tema “Camões 500 anos - uma nova cidadania para a língua”.
Alexei Bueno e Maria Bochicchio estarão com o professor paraibano Milton Marques Júnior na mesa “Identidade e reconhecimento: Camões, o estrangeiro”, às 10h. O carioca Alexei Bueno é poeta, ensaísta, tradutor, crítico literário e editor. Sua produção inclui, além de poemas próprios, traduções e antologias poéticas, ensaios sobre literatura, artes plásticas, cinema e patrimônio cultural brasileiro. Tem dezenas de livros publicados desde que iniciou sua produção literária em 1984.Atua também como editor, organizando obras completas de diferentes autores brasileiros, e tradutor, vertendo para o português obras de escritores estrangeiros renomados. Publicou uma edição comentada de “Os Lusíadas”, de Camões, em 1993.
A italiana Maria Bochicchio é professora, investigadora, ensaísta e tradutora, doutora em Literatura Contemporânea Portuguesa, e coordenadora da linha de investigação de Poética e Retórica do Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos (CIEC|IIIUC) da Universidade de Coimbra. Nos últimos anos, tem se dedicado à área da camonologia, em particular ao mito camoniano no devir da história e sua recepção crítica e criativa de intersemioses artísticas.
Milton Marques é professor titular de Línguas e Literaturas Clássicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com mais de 20 livros publicados na área de Literatura Brasileira e Literatura Clássica. Tem mestrado (1990) e doutorado (1995) em Letras pela UFPB. Coordena o Grupo de Estudos Clássicos e Literários (Grec). Em 2020, passou a ocupar a cadeira 40 na Academia Paraibana de Letras. Entre seus livros estão os quatro volumes do “Dicionário da Eneida de Virgílio”, além da sua tese de doutorado “Da ilha de São Luís aos refolhos de Botafogo: a trajetória literária de Aluísio Azevedo da província à corte”.
No mesmo dia, António Quino vai participar da mesa “Culturas da diáspora e suas conexões”, às 15h, juntamente com a escritora e professora Valéria Lourenço, e com o jornalista e escritor paraibano Ademilson José. António Quino é jornalista, ensaísta e professor, mestre em Ensino de Literaturas em Língua Portuguesa e doutor em Ciências da Literatura. Publicou em 2014 o ensaio “Duas faces da esperança: Agostinho Neto e António Nobre num estudo comparado” e organizou as coletâneas “Balada dos Homens que Sonham – breve antologia de contos angolanos” (2012), e “Pássaros de asas abertas” (2016), em comemoração aos 40 anos da independência de Angola. Em 2018, publicou o livro “República do Vírus”.
Valéria Lourenço nasceu no Rio de Janeiro e atualmente reside no Sertão do Ceará. É doutoranda em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC), mestra em Cartografia Social e Política da Amazônia pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), e possui graduação em Letras. É professora de Língua Portuguesa e Literaturas do Instituto Federal do Ceará IFCE. Tem publicações em três edições do “Cadernos Negros”, entre elas a edição 42, finalista do Jabuti 2020 na categoria contos.
Ademilson José é jornalista, formado em filosofia e mestrando em Ciências das Religiões (UFPB). É autor do romance histórico “Sanhauá”, premiado pelo concurso literário Políbio Alves da Funjope (PMJP). Também é autor de outros dois livros: “A Eleição da Máquina” (Edgraf - João Pessoa–2000) e “A Baía que Traiu Portugal” (Editora Penalux - SP – 2016), além de integrar coletâneas. Natural de Rio Tinto, Ademilson é membro-fundador da Academia de Letras, Ciências e Artes do Vale do Mamanguape (ALCA-VM).
O FliParaíba – O evento promove mesas temáticas com a presença de escritores brasileiros e de países de língua portuguesa, além de apresentações culturais, exposições e estandes de diversas editoras integram a programação. Com o tema “Camões 500 anos - uma nova cidadania para a língua”, tem o objetivo de promover a literatura paraibana, o intercâmbio entre escritores do Brasil com outros de países lusófonos, além de estimular nos jovens o hábito da leitura e da produção literária. Para a realização do Festival foi formalizada a parceria com a APBRA em agosto, quando ocorreu, em João Pessoa, conferência com o mesmo tema.
Os três dias de programação incluem também apresentações musicais com orquestras e artistas paraibanos; exposições artísticas, entre elas uma com imagens que se reportam ao escritor Luís de Camões, autor do poema “Os Lusíadas”; e estandes de diversas editoras e livrarias com venda e lançamentos de livros.
A iniciativa do Governo da Paraíba ocorre por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Secretaria de Comunicação Institucional (Secom), Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), Fundação Espaço Cultural (Funesc), Secretaria de Estado de Administração (Sead), Fundação de Apoio aos Deficientes (Funad) e Companhia de Processamentos de Dados (Codata), em parceria com a Associação Portugal Brasil 200 anos (APBRA).
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