Para fortalecer as ações de controle da hanseníase no Maranhão, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), está realizando o curso de capacitação de diagnóstico, tratamento e Avaliação Neurológica Simplificada (ANS) como indutora de condutas para profissionais de saúde das Unidades Regionais de Saúde de Bacabal, Santa Inês, Viana e Zé Doca.
Médicos, enfermeiros e demais profissionais que atuam na assistência direta às pessoas com hanseníase estão participando do curso, que teve início nesta segunda-feira (4) e vai até sexta (8), no Centro de Diretores Lojistas (CDL) de Santa Inês. O curso terá carga horária de aulas práticas e teóricas.
A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase e Tuberculose da SES, Mágela Santos, falou da situação epidemiológica e disse que a hanseníase tem cura e precisa de um diagnóstico preciso. “Este é o momento para que possamos tirar nossas dúvidas, compartilhar informações e sair com um olhar mais clínico para a doença”, disse a coordenadora estadual.
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, caracterizando-se pelo acometimento dermatoneurológico, afetando principalmente nervos periféricos, olhos e pele. Atinge pessoas de ambos os sexos e de todas as faixas etárias, podendo apresentar evolução lenta e progressiva, e quando não tratada ou tardiamente tratada, pode ocorrer deformidades e incapacidades físicas.
Dermatologista e hansenologa, a médica Celijane Melo Rodrigues é uma das instrutoras do curso. “O nosso objetivo é fazer uma troca de experiência para que todos possam ser capacitados a fazer um diagnóstico precoce, quebrar a cadeia de transmissão e evitar as incapacidades físicas em razão da doença”, completou.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Santa Inês, Socorro Oliveira - que esteve representando a secretária de Saúde, Valéria Oliveira - agradeceu pela realização do curso. “Estamos felizes por receber uma equipe de excelência e temos a certeza que vai nos ajudar a ter um olhar mais clínico e qualificado para que possamos fazer um diagnóstico preciso e evitar que o paciente tenha sofrimento desnecessário”, completou.
A hanseníase enfrenta desafios contínuos, sendo alguns desses a dificuldade de promoção de diagnóstico, tratamento, avaliação do grau de incapacidade no diagnóstico e na cura, atendimento dos eventuais estados reacionais e vigilância de contatos como estratégia de monitoramento e a descentralização das ações. Assim é essencial a alocação estratégias para garantir que as intervenções sejam eficazes para o aumento das taxas de detecção e consequentemente de cura dos casos.
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