O senador Magno Malta (PL-ES) manifestou em Plenário, na terça-feira (11), preocupação com os ataques criminosos contra escolas no país. "Não é coisa de um lobo solitário", afirmou, mas "está acontecendo em cadeia". — Esses crimes são orquestrados. São adolescentes que tomam como herói alguém que comete um crime bárbaro. Veja como eles se vestem. Eles se falam nas redes sociais destemidamente, mascarados, com perfis que criam — alertou. O senador disse que as audiências públicas são importantes para escutar especialistas e pessoas que tem poder de investigação no combate à escalada de violência em escolas. Ele explicou ser necessário um aprofundamento nas causas e modos como ocorrem esses atos criminosos para impedir que novas tragédias aconteçam. Magno Malta disse ser preciso cobrar a colaboração das chamadas big tech, as grandes corporações de tecnologia da informação que são donas de redes sociais. — Sei da importância das big techs. Como sei! Mas os bandidos vão lá também (...). A deep web é onde eles navegam. (...) Que ninguém ache que o que nós estamos querendo é calar a boca das big techs. Muito pelo contrário, a nossa luta é pela liberdade, pelo respeito. O cidadão tem direito de ter seus perfis, mas nós não podemos conviver com quem se esconde ali para cometer crimes. Para o senador, é importante que a sociedade se mobilize para garantir a proteção dos estudantes, mas ressaltou que os pais não devem apenas esperar as ações do poder público. — Convoquem prefeitos, pais, avós, pessoas que têm filhos na escola! Juntem-se, brasileiros, porque este é o momento de nós guardarmos as nossas crianças e guardarmos as nossas instituições! Se esperarmos pelo poder público, fica no discurso. Daria parte do meu tempo para ficar na creche das minhas netas. Qual é o avô, pai, mãe neste país que não se disporia como segurança voluntária? E aqui é uma proposta que eu faço, é uma ideia para os prefeitos: chame o Rotary, chame a sociedade civil organizada, as igrejas. Estão cheios de aposentados, os municípios, da polícia, da própria guarda municipal, e que têm família, que têm filhos, que têm netos, que têm sua própria vida para guardar, porque a invasão não foi só de uma creche — declarou.
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