O senador Alan Rick (União-AC), em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (13), alertou sobre a crise climática que tem atingido o estado do Acre nos últimos anos. Ele enfatizou que, após as enchentes de 2023 e 2024, que devastaram partes dos municípios do estado, agora a região enfrenta uma seca severa, considerada a mais intensa da história, de acordo com dados da Agência Nacional de Águas (ANA).
O parlamentar destacou a situação de Rio Branco, onde a principal estação de captação e tratamento de água desabou, deixando os moradores sob o risco de desabastecimento. Alan Rick enfatizou a necessidade de uma resposta imediata do governo federal para iniciar a reconstrução da estrutura, essencial para o abastecimento de água na capital.
— O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, mais uma vez, chama a sua equipe, coloca como prioridade e nos dá uma garantia de, até sexta-feira [16], aprovar o plano de trabalho para que o ministério empenhe o recurso e a gente possa iniciar a reconstrução dessa estação de tratamento de água, que abastece ali pelo menos 200 mil moradores da capital do estado do Acre, Rio Branco. Também solicitei uma diligência para a aprovação do plano de emergência do estado do Acre, contemplando os 22 municípios do estado que também sofrem com as secas dos nossos rios. O Rio Juruá está com apenas 1,30m; lá em Capixaba, o Rio Acre, 1,27m — explicou.
O senador ressaltou ainda a necessidade de ações estruturantes, como a reconstrução de calhas de rios e a construção de reservatórios, para mitigar os impactos das enchentes e secas na região. Ele defendeu ações coordenadas entre a Universidade Federal do Acre e o governo do estado na elaboração de projetos para conter as águas durante o período de cheias e liberá-las durante a seca.
— Um projeto que trate exatamente da contenção de águas durante o período de cheia, seja uma barragem, seja uma lagoa de contenção, reservatórios. Eu penso que alguma medida nós precisamos tomar urgentemente, porque, ao longo do tempo, essas situações de crises climáticas só tendem a piorar, e nós precisamos, definitivamente, de ações que contemplem toda essa problemática que enfrenta hoje a Amazônia e, especialmente, o estado do Acre — concluiu.
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