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Governo do Estado acompanha Rota dos Quilombos com visitas a Santa Rita e Itapecuru Mirim

O projeto promove o turismo de base comunitária a partir da visita aos quilombos Vila Fé em Deus, Cariongo, Outeiro dos Nogueiras, Cantagalo e Pedr...

31/07/2024 às 17h10
Por: J6 Live Fonte: Secom Maranhão
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- Governo fez o roteiro do Rota dos Quilombos (Foto: Handson Chagas)
- Governo fez o roteiro do Rota dos Quilombos (Foto: Handson Chagas)

Representantes do Governo do Estado conheceram nesta terça-feira (30) o projeto Rota dos Quilombos do Maranhão desenvolvido pelo Instituto de Políticas Sustentáveis do Maranhão (Insposuma) e com parceria da Feira MA Preta. O projeto promove o turismo de base comunitária a partir da visita aos quilombos Vila Fé em Deus, Cariongo, Outeiro dos Nogueiras, Cantagalo e Pedrinhas Clube de Mães.

O roteiro começou pela capital maranhense com café da manhã na Casa do Maranhão, na Praia Grande, e depois seguiu para Santa Rita e Itapecuru Mirim. O trajeto foi acompanhado pela secretária adjunta de Promoção do IDH da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), Kelly Araújo. Ela informou que uma das ações contempladas no projeto, a comercialização de produtos naturais, possui o incentivo e apoio da gestão estadual.

“A cadeia produtiva sustentável tem justamente o objetivo de potencializar essas riquezas naturais que temos no estado e transformar em renda, qualidade de vida e dignidade para homens e mulheres maranhenses. Essa é uma iniciativa construída pelo Governo do Estado por diversas secretarias como a Sagrima, SAF, Sedihpop, pensando a produção do babaçu, da carnaúba e de outras biodiversidades dentro da perspectiva de valorização da economia local”, explicou a gestora.

Para a coordenadora geral da Feira MA Preta, Aninha Pretha, o projeto Rota Quilombola ampliou o alcance das ações. Antes da mobilização o trabalho abrangia somente três quilombos e depois esse alcance foi ampliado em mais de dez vezes.

“Hoje esse número aumentou para 33 quilombos com a chegada da rota a essas comunidades. Com a rota, em apenas um dia é possível visitar quatro quilombos e mostrando não somente a cultura, mas a ancestralidade, a religiosidade, contando as histórias e fazendo com que as pessoas entendam um pouquinho do que é o universo imenso que são as comunidades tradicionais de matriz africana”, comentou.

O projeto Rota dos Quilombos do Maranhão busca o empoderamento e fortalecimento da identidade cultural quilombola. Além da história das comunidades, o roteiro proporciona um mergulho na cultura dos povos quilombolas conhecendo suas festas, ritos e especialmente a culinária, inclusive com inovações, como a degustação de um capuccino de coco babaçu.

“O nosso trabalho na Feira MA Preta não apenas comercializa pelas afroempreendedoras, nós potencializamos, capacitamos, damos caminhos para que elas possam fazer todo esse trabalho sozinhas e serem protagonistas dessa história tão bonita que é a história quilombola e que será contada pelas vozes e saberes das próprias mulheres que estão nestes territórios”, relatou Aninha Pretha.

A quilombola Maria Auxiliadora Teixeira, descendente de Sebastião Cariongo que fundou o quilombo Cariongo no município de Santa Rita, afirmou que a promoção do turismo para conhecer a cultura das comunidades é de extrema relevância para os quilombolas.

“Essa rota do turismo é de muita importância para as nossas vidas. Através desse turismo de base comunitária, o nosso trabalho pode ser mais conhecido e a nossa comunidade visitada, isso vai trazer recursos para a comunidade, os mais jovens já não precisam apenas trabalhar na roça, podem trabalhar no turismo, com artesanato, com a comunicação. Isso é muito bom para a nossa comunidade”, declarou.

O prazer de ter a sua história e cultura conhecida e valorizada é motivo de orgulho para a quilombola Maria Catarina. Ela começou a trabalhar com o coco babaçu ainda criança, como quebradeira de coco, função que não exerce mais por conta de um AVC, mas a dedicação à culinária permanece.

“É muito bem-vinda essa ajuda do Estado e já tivemos muitos parceiros aqui e isso aqui é um legado para os nossos filhos e netos. Eu trabalho com biscoito, pão, bolo, com massa. Aqui eu faço de tudo um pouco e a gente divide [esse trabalho] com a turma, umas fazem o biscoito, outras o sorvete. É o maior prazer do mundo, a gente trabalha de longas datas. Eu comecei a quebrar coco desde os dez anos. Do coco babaçu se faz tanta coisa”, informou com entusiasmo.

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