Em celebração ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado na terça-feira (2), o esporte segue como uma importante ferramenta de inclusão e de apoio às crianças, aos jovens e aos adultos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Alguns projetos sociais apoiados pela Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), são exemplos dos benefícios que a prática esportiva gera na rotina deles.
O diretor-geral da Sudesb, Vicente Neto, aponta a satisfação em possuir dezenas de crianças e adolescentes com TEA em três grandes projetos da autarquia estadual: o Projeto Pedal, em parceria com a Associação Bicicross Salvador (ABS); o Natação em Rede 4, com a Federação Baiana de Desportos Aquáticos (FBDA); e o Núcleo de Esportes de Luta e Combate, com aulas no Centro de Boxe e Artes Marciais da Bahia e na Arena de Esportes da Bahia.
“Esses exemplos mostram que é possível a prática esportiva superando quaisquer tipos de conceitos ou preconceitos. O esporte é uma dessas ferramentas que garantem integração, congraçamento, solidariedade e formação de equipe, que são importantes no desenvolvimento da cidadania no mundo inteiro para saber ganhar e perder e estabelecer parâmetros na convivência humana, independente de ter ou não deficiência”, comenta Vicente, trazendo o caso do atleta do parajiu-jitsu campeão mundial, Igor Nogueira.
Natação em Rede
Dentre os programas, o Natação em Rede tem destaque, segundo Vicente, também pela parceria com o Instituto Meu Sorriso, na Piscina Olímpica da Bahia, na Av. Bonocô, com mais de 40 pessoas com autismo, amputadas ou deficiência intelectual, que treinam na piscina menor do equipamento.
Além deles, tem os alunos de transição, como o nadador de 15 anos, Vinicius Eduardo dos Santos. O seu treinador, Cláudio Peixe, comenta que “Ele melhorou muito sua concentração nas aulas de nado durante o período de treinos. Os tempos têm melhorado também à medida que frequenta e se concentra”.
Projeto Pedal
Na Pista de Bicicross de Stella Mares, quatro meninos com TEA frequentam as aulas da tarde do Projeto Pedal. Adryan Lima, Davi Lucas, Felipe Mota e Theo Senna estiveram durante os treinos desta terça-feira, 02, esbanjando alegria e técnica junto aos demais alunos sem deficiência do programa.
Inclusive, Davi, de 10 anos e há dois no Projeto Pedal, já acumula diversas medalhas no estado e fora dele ao longo do seu tempo com o bicicross, que mudou sua vida. “Antes, eu ficava muito nervoso. Depois, quando comecei com o bicicross, fiquei triste porque não conseguia contribuir com os meninos. Mas, fui melhorando e já estou voando cheio de medalhas. Consigo ficar mais concentrado e fazendo o que aprendi”, relata.
Já Felipe, de 12 anos, conta que é apaixonado pela modalidade. “O autista gosta muito de fazer atividade física e esporte porque é muito bom para o cérebro. Às vezes, fica sem vontade de acordar ou sem conseguir focar em uma só coisa. Aqui, é ótimo. Muitas amizades e doses de dopamina. Eu gosto de sair de casa, ainda mais de bike. Quando estou em casa, fico vendo vários vídeos e campeonatos de bicicross”, conta.
Fonte: Ascom/Sudesb
Mín. 15° Máx. 28°