Como toda despedida, a do II Festival de Forró de Riachão do Jacuípe, nesse domingo (31), poderia amargar que nem jiló. Mas ela, além do gostinho de ‘quero mais’, deixou a certeza de que a terceira edição do evento já está bem encaminhada, devido à nova marca atingida: cerca de 25 mil pessoas presentes ao longo dos dois dias — 15 mil delas, apenas no sábado (30) —, ou seja, 5 mil a mais que na estreia, ano passado.
O anfitrião Del Feliz, assim como o público, era só alegria. “Apesar de já estarmos com saudade, guardamos o tanto de coisas boas que tivemos aqui e que foi motivo de orgulho”, disse o Embaixador do Forró. Otimista, agora ele já mira o ano que vem. “De antemão, dá pra dizer que vem aí a terceira edição do Festival, porque felizmente encerramos mais uma com ‘chave de ouro’.”
Para o prefeito Carlos Matos, não há palavra que não ‘sucesso’ para resumir bem o que foi o evento este ano. “Com uma bela estrutura e bem organizado, ele entra de forma definitiva para o calendário dos grandes festivais de música no país”, afirmou o Carlos. “Eu já o considero um dos festivais mais marcantes da história do forró brasileiro”, enfatizou o gestor.
A iniciativa foi aprovada também pelos artistas convidados: um dos nomes mais esperados pelos fãs de forró, Dorgival Dantas fez a alegria do povo com sucessos como ‘Destá’ e ‘Coração’. “Fiquei muito contente com o convite de Del e, agora, saio daqui ainda mais”, contou Dorgival, que também fez elogios ao público presente. “Tive uma plateia maravilhosa e que cantou mais do que eu”, brincou.
Outro estreante, Mestrinho trouxe ainda mais brilho para a noite. “É muito importante mantermos viva a cultura desse forró maravilhoso. Pra mim, foram uma alegria e satisfação muito grandes, e eu espero voltar em breve”, falou o sergipano, que tinha apresentado, entre outras canções, sua releitura de ‘Te Faço um Cafuné’, originalmente conhecida na voz de Dominguinhos.
Do ‘arrastão’ ao palco — A banda Flor Serena, com sua ‘rural elétrica’, foi responsável pelo ‘arrastão’ que deu início ao segundo dia do Festival. O momento inicial teve as adesões dos grupos Forró Cabrueira, com aula de dança em pleno arrastão, e Marinete do Forró, que, desde 2016, reúne mulheres determinadas a preservar a cultura nordestina, com o uso de roupas típicas da região, por exemplo.
A praça Landulfo Alves, por sua vez, sediou novamente a Feira da Agricultura Familiar (Agrifam). O fole no palco Balbino do Acordeon roncou com a apresentação de Emili Pinheiro. Indicada ao prêmio ‘Revelação Feminina’, do Festival Nacional Forró de Itaúnas, no Espírito Santo, ano passado, ela recebeu Kelvin Diniz e Paulinho Jequié e ainda promoveu uma interação com as ‘Marinetes’ que circulavam num carro alegórico.
Emili foi sucedida pelo ‘dono da casa’, Del Feliz, com apresentações solo e em conjunto com os convidados Diego Silva, embaixador da cultura nordestina no Japão, e Paulinha Oliveira. Ainda houve espaço para as participações da francesa Delphine, a ‘Madame Forró’; Liv Moraes, filha de Dominguinhos; Nonato Lima; Jefinho Dias; Izabelly Diniz; Vinícius Marques, e, por último, Os Malvadinhos do Forró.
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