O senador Rogerio Marinho (PL-RN) lamentou, em pronunciamento na terça-feira (26), o fato de a oposição não ter tido espaço para falar durante a sessão especial para celebrar os 200 anos do Senado, realizada na segunda-feira (25). O parlamentar ressaltou que o Senado é a Casa da pluralidade, onde os estados representam o Brasil como um todo.
— Aqui, verdadeiramente, temos um equilíbrio de posições. Cada estado da Federação tem três representantes. [...] Infelizmente, o presidente do Senado [Rodrigo Pacheco] entendeu que a oposição não teria voz — criticou.
Para Marinho, é preciso que o Senado retome seu protagonismo na garantia da liberdade e do protagonismo do país, tomando a frente para resgatar a harmonia entre os Poderes da República.
— Ruy Barbosa dizia que as leis que não protegem os nossos adversários não podem proteger-nos. É exatamente o problema que estamos enfrentando hoje: há leis para uns que não valem para outros. Criamos uma profunda divisão na sociedade, um clima de "nós contra eles" que vem sendo cultivado pelo atual presidente da República. Já passou da hora de superarmos esse mal que está destruindo nossa sociedade e as nossas instituições. Hoje, temos presos políticos, exilados e pessoas cumprindo penas de 14 anos, 15 anos, 17 anos de cadeia, condenados sem instâncias recursais. Nem assassinos e traficantes são punidos dessa forma no Brasil. Temos jornalistas censurados nas redes sociais. O medo de expressar a livre opinião está tomando conta. Que tipo de democracia é esta?
O senador afirmou que o país está “imerso em uma divisão política insuflada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que faz um governo de ódio e vingança”. Segundo Marinho, o país está “atolado” no déficit fiscal, assistindo a intervenções nas estatais e em outras empresas. O parlamentar argumentou que o governo atual está destruindo feitos como a autonomia do Banco Central, a modernização dos marcos regulatórios e as reformas estruturantes da Previdência e da legislação trabalhista, além da profissionalização das empresas públicas.
— Todos os sinais da economia apontam para um desastre iminente, pois o governo aumenta seus gastos sem refletir sobre o amanhã; ataca a eficiente política monetária que controla a inflação e nos dá estabilidade no câmbio e nos juros; faz intervenções descabidas nas empresas; aumenta a carga tributária, sufocando a livre iniciativa; quer impor mais custos ao trabalhador para favorecer sindicatos; e tenta, de forma tacanha, regularizar os novos setores da economia como os aplicativos.
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