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Boletim Enchentes – 10 de março

Mais duas cidades do Acre tiveram situação de emergência reconhecida pelo governo federal. A portaria 797, publicada no Diário Oficial da União (DO...

10/03/2024 às 08h31
Por: J6 Live Fonte: Secom Acre
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Foto: Reprodução/Secom Acre
Foto: Reprodução/Secom Acre

Mais duas cidades do Acre tiveram situação de emergência reconhecida pelo governo federal.A portaria 797, publicada no Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira, 8 de março, reconheceu que Manuel Urbano e Rodrigues Alves também estão em emergência devido à cheia dos rios no Acre.

O governo do estado tem mobilizado esforços para as ações de assistência e suporte às famílias atingidas pelas cheias dos rios no Acre. Equipes do governo estadual foram enviadas a todas as regionais e envolvem todas as secretarias, além dos órgãos de Proteção e Defesa Civil.Segundo balanço feito pela Casa Civil, em 15 dias, foram entregues quase 69 toneladas de cestas básicas para atender à população.

O programa governamental Juntos pelo Acre chegou em Sena Madureira na sexta-feira, 8, onde mais de 900 famílias continuam nos abrigos municipais.As doações que totalizaram 200 cestas básica, 200 kits de limpeza e 70 fardos de água mineral foram entregues na sede da Secretaria Municipal de Assistência Social de Sena Madureira.

O centro de distribuição da campanha Juntos pelo Acre, montado pelo governo do Estado, no espaço O Casarão, no centro de Rio Branco, segue a todo vapor para atender a população atingida pelas cheias na capital.Até o momento 1.870 pessoas, em Rio Branco, forma beneficiadas por essa ação.

Apesar de apresentar sinais de vazante, o Rio Acre continua acima da cota de transbordo (14m) e na manhã deste domingo, 10 de março, chegou a 15,05 metros, na capital.

Uma equipe da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) foi até o município de Brasileia na quarta-feira, 6, para fazer o monitoramento e mapeamento dos impactos ambientais causados pela cheia do Rio Acre na cidade. Foram realizadas a coleta de imagens aéreas georreferenciadas para calibração e modelagem de mapas da dinâmica da cheia do rio, bem como monitoramento da qualidade da água em pontos estratégicos de abastecimento do município para que seja feita uma análise da situação ambiental verificada no pós-enchente.

Atualização das bacias acreanas

Com base na atualização do nível dos rios do Acre das 18h de sábado, 9, na Bacia do Rio Acre o nível do rio está abaixo da cota de transbordamento nos municípios de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri e Capixaba. Ainda na Bacia do Rio Acre, atualmente os municípios de Rio Branco e Porto Acre, apesar de já apresentarem sinais de vazante, ainda estão em cota de transbordamento.

Na Bacia do Purus, Sena Madureira está em cota de transbordamento e Manoel Urbano encontra-se abaixo da cota de alerta. Já na Bacia do Juruá, o município de Cruzeiro do Sul encontra-se em cota de transbordamento e em Porto Walter abaixo da cota de transbordamento.

No município de Plácido de Castro, o Rio Abunã encontra-se na cota de alerta. Já na Bacia Taraucá-Envirá o nível do rio está abaixo da conta de transbordamento em Feijó e Tarauacá.

Você acompanha o nível dos rios do Acre nas redes sociais do Governo do Acre e da Sema.

Pessoas atingidas pela cheia dos rios

O Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) informou que os dados não sofreram alterações. Assim, com base nos dados de ocorrências disponibilizados pelo CBMAC, nas 14 cidades mais críticas, há 110 abrigos públicos atendendo 10.410 pessoas desabrigadas. Ainda há 18.542 pessoas desalojadas, ou seja, que foram para casa de familiares ou amigos. Além disso, em Cruzeiro do Sul, 19.694 pessoas foram atingidas pela cheia do Rio Juruá.

Veja os números por cidade:

Rio Branco

Pessoas desabrigadas: 2.242

Pessoas desalojadas: 1.919

Nº de bairros atingidos: 51

Abrigos: 13

Igarapés: 6

Cruzeiro do Sul

Famílias desalojadas: 39

Família desabrigadas: 93

Famílias atingidas: 4.991

Nº de bairros atingidos: 12

Abrigos públicos: 11

Abrigos: 13

Feijó

Pessoas desabrigadas: 57

Pessoas desalojadas: 78

Abrigos públicos: 2

Bairros atingidos: 4

Zona rural

Famílias desalojadas 628

Pessoas desalojadas 2653

Plácido de Castro

Pessoas desabrigadas: 232

Pessoas desalojadas: 1.500

Nº de bairros atingidos: 13

Abrigos: 2

Xapuri

Pessoas desabrigadas: 476

Pessoas desalojadas: 2092

Nº de bairros atingidos: 6

Abrigos: 7

Tarauacá

Pessoas desabrigadas: 486

Pessoas desalojadas: 2.500

Nº de bairros atingidos: 8

Abrigos: 5

Assis Brasil

Pessoas desabrigadas: 340

Pessoas desalojadas: 125

Nº de bairros atingidos: 4

Abrigos: 4

Jordão

Pessoas desabrigadas: 1.706

Pessoas desalojadas: 2.061

Nº de bairros atingidos: 4

Abrigos: 7

Sena Madureira

Pessoas desabrigadas: 603

Pessoas desalojadas: 370

Nº de bairros atingidos: 15

Abrigos: 12

Epitaciolândia

Pessoas desabrigadas: 1.754

Pessoas desalojadas: 2.150

Nº de bairros atingidos: 6

Zona rural: 6 comunidades

Abrigos: 10

Santa Rosa do Purus

Pessoas desabrigadas: 521

Pessoas desalojadas: 1816

Nº de bairros atingidos: 2

Igarapés: 1

Abrigos: 6

Brasileia

Pessoas desabrigadas: 1.276

Pessoas desalojadas: 2.220

Nº de bairros atingidos: 12

Abrigos: 16

Marechal Thaumaturgo

Pessoas desabrigadas: 192

Pessoas desalojadas: 2.110

Nº de bairros atingidos: 3

Comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas atingidas: 119

Abrigos: 5

Manoel Urbano

Pessoas desabrigadas: 696

Pessoas desalojadas: 236

Nº de bairros atingidos: 2

Igarapés: 1

Abrigos: 4

Porto Walter

Pessoas desabrigadas: 155

Pessoas desalojadas: 920

Nº de bairros atingidos: 5

Abrigos: 8

Segurança do Estado orienta atingidos pela enchente

Em todo o Acre, dois números telefônicos garantem contato direto dos atingidos pela enchente com as autoridades estaduais. São 190, da Polícia Militar, e o 193, do Corpo de Bombeiros.

Por meio dos canais controlados pelo Centro integrado de Comando e Controle Estadual (Cicce), a população pode fazer registros de ocorrência e solicitar atendimentos de urgência e emergência.

Há um efetivo empenhado (Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e secretarias de Estado) para atender as famílias necessitadas.

Obs: Os números podem sofrer alterações de acordo com o horário de divulgação deste boletim.

Confira o relatório direto no site do Corpo de Bombeiros.

Todos os dados são concentrados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) por meio do Cigma, onde funciona a sala de situações e monitoramento ambiental.

Cuidado com a rede elétrica

Para prevenir acidentes, a concessionária de energia elétrica Energisa orienta aos clientes afetados pela cheia a não tentar consertar eventual falta de energia. Se a casa for atingida pela água da enchente, desligue o disjuntor de energia (chave geral).

A empresa atua sempre em parceria com a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros para avaliar ou realizar o desligamento da energia por motivo de segurança das equipes que estão atuando no resgate das famílias atingidas pelas águas.

A Energisa reforça que, ao identificar algum perigo com a rede elétrica, o cliente deve entrar em contato pelos canais de atendimento: aplicativo Energisa ON, Gisa (www.gisa.energisa.com.br) e call center 0800-647-7196.

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