Apesar de algumas bacias já apresentarem vazante, a cheia dos rios segue castigando o estado do Acre. A capital já registra a segunda maior cheia da história.Os órgãos de Proteção e Defesa Civil do Estado avaliam que este já pode ser considerado o maior desastre ambiental do Acre, tendo em vista o número de cidades atingidas. Das 22 cidades 19 estão em emergência, o que configura 86% do estado.
O Rio Acre continua acima da cota de transbordo e na manhã desta quarta-feira, 6 de março, chegou a 17,84 metros, na capital.
Em Rio Branco, os moradores do Taquari, um dos primeiros bairros da capital afetados pela enchente receberam marmitas produzidas na Escola de Gastronomia, na Cidade do Povo.A partir de doações de insumos como arroz, feijão, macarrão, verduras e carne, 200 refeições foram produzidas.
O município de Porto Walter recebeu a segunda remessa de ajuda humanitária enviada pelo governo do Acre.A ação visa oferecer suporte aos municípios atingidos pela cheia dos rios e é realizada por meio da campanha Jutos Pelo Acre.
Em mais uma ação importante para reduzir e minimizar os efeitos da crise climática com as enchentes no Acre, o governador Gladson Cameli conduziu nesta terça-feira, 5, uma missão humanitária à Aldeia Indígena Jatobá, do Alto Rio Iaco, localizada no município de Assis Brasil.
Outro município que recebeu donativos nesta terça-feira, foi Manoel Urbano.A missão de apoio aos desabrigados e desalojados pela enchente do Rio Purus levou água, roupas e alimentos para os afetados pela cheia.
As famílias pertencentes às etnias Kaxinawá e Kulina, que obtêm sustento por meio da agricultura na cidade, são a maioria dos afetados pela elevação do nível do Rio Purus que causou danos a muitas plantações.
O governo do Estado enviou nesta terça-feira, 5,a segunda remessa de insumos e medicamentos recebidos pelo Ministério da Saúde (MS)para os municípios atingidos pela cheia dos rios no estado. As cidades beneficiadas são Rio Branco, Marechal Thaumaturgo, Epitaciolândia, Tarauacá, Xapuri, Feijó e Porto Walter.
Com base nos dados de ocorrências disponibilizados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) nas 14 cidades mais críticas, há 100 abrigos públicos atendendo 10.247 pessoas desabrigadas. Ainda há 17.672 pessoas desalojadas, ou seja, que foram para casa de familiares ou amigos. Além disso, em Cruzeiro do Sul, 12.000 pessoas foram atingidas pela cheia do Rio Juruá.
Pessoas desabrigadas: 2.125
Pessoas desalojadas: 1.734
Nº de bairros atingidos: 50
Abrigos: 13
Pessoas desabrigadas: 232
Pessoas desalojadas: 1.500
Nº de bairros atingidos: 13
Abrigos: 2
Pessoas desabrigadas: 210
Pessoas desalojadas: 563
Nº de bairros atingidos: 7
Abrigos: 7
Pessoas desabrigadas: 486
Pessoas desalojadas: 2.500
Nº de bairros atingidos: 7
Abrigos: 5
Pessoas desabrigadas: 340
Pessoas desalojadas: 125
Nº de bairros atingidos: 4
Abrigos: 4
Pessoas desabrigadas: 1.706
Pessoas desalojadas: 2.061
Nº de bairros atingidos: 4
Abrigos: 7
Pessoas desabrigadas: 603
Pessoas desalojadas: 370
Nº de bairros atingidos: 15
Abrigos: 12
Pessoas desabrigadas: 1.754
Pessoas desalojadas: 2.150
Nº de bairros atingidos: 6
Abrigos: 11
Pessoas desabrigadas: 521
Pessoas desalojadas: 1816
Nº de bairros atingidos: 2
Abrigos: 6
Pessoas desabrigadas: 1.276
Pessoas desalojadas: 2.220
Nº de bairros atingidos: 12
Abrigos: 16
Pessoas desabrigadas: 192
Pessoas desalojadas: 2.110
Nº de bairros atingidos: 3
Comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas atingidas: 119
Abrigos: 5
Pessoas desabrigadas: 600
Pessoas desalojadas: 130
Nº de bairros atingidos: 2
Abrigos: 4
Pessoas desabrigadas: 57
Pessoas desalojadas: 78
Nº de bairros atingidos: 4
Abrigos: 2
Pessoas desabrigadas: 145
Pessoas desalojadas: 315
Nº de bairros atingidos: 5
Abrigos: 6
Em todo o Acre, dois números telefônicos garantem contato direto dos atingidos pela enchente com as autoridades estaduais. São 190, da Polícia Militar, e o 193, do Corpo de Bombeiros.
Por meio dos canais controlados pelo Centro integrado de Comando e Controle Estadual (Cicce), a população pode fazer registros de ocorrência e solicitar atendimentos de urgência e emergência.
Há um efetivo empenhado (Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e secretarias de Estado) para atender as famílias necessitadas.
Obs: Os números podem sofrer alterações de acordo com o horário de divulgação deste boletim.
Confira o relatório direto no site do Corpo de Bombeiros.
Segundo o Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), baseado em dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), um sistema meteorológico conhecido como Alta da Bolívia, que se forma em altos níveis da atmosfera a 12 Km de altura, predomina sobre o sul da Amazônia e favorece a organização de áreas de instabilidade sobre a região, inclusive sobre o Acre.
Para esta quarta-feira, 6, a previsão em todo Acre é de céu nublado a encoberto com chuva a qualquer hora do dia. Há possibilidade de grandes volumes de chuva em algumas regiões acreanas.
Todos os dados são concentrados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) por meio do Cigma, onde funciona a sala de situações e monitoramento ambiental.
Para prevenir acidentes, a concessionária de energia elétrica Energisa orienta aos clientes afetados pela cheia a não tentar consertar eventual falta de energia. Se a casa for atingida pela água da enchente, desligue o disjuntor de energia (chave geral).
A empresa atua sempre em parceria com a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros para avaliar ou realizar o desligamento da energia por motivo de segurança das equipes que estão atuando no resgate das famílias atingidas pelas águas.
A Energisa reforça que, ao identificar algum perigo com a rede elétrica, o cliente deve entrar em contato pelos canais de atendimento: aplicativo Energisa ON, Gisa (www.gisa.energisa.com.br) e call center 0800-647-7196.
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