A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil reconheceu a situação de emergência decretada em 17 dos 22 municípios acreanos no último domingo, 25, pelo governador, Gladson Cameli, em decorrência das inundações causadas pela elevação dos níveis dos rios e também igarapés.
A portaria 622, assinada pelo secretário da pasta, Wolnei Wolf Barreiros, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 26 fevereiro. Com a portaria em vigor, o Estado consegue acessar recursos federais complementares, para ajudar no atendimento às famílias atingidas pela cheia no Acre.
O Rio Acre continua acima da cota de transbordo e na manhã desta quarta-feira, 28, chegou a 16,45 metros, em Rio Branco.
Os municípios atingidos pelo transbordamento dos rios e igarapés que estão em estado de emergência são Assis Brasil, Brasileia, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Jordão Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro, Porto Walter, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira, Tarauacá e Xapuri.
Para auxiliar a população atingida pelas cheias no município de Santa Rosa do Purus, município isolado, o governo do Acre enviou, na segunda-feira, 26, 700 quilos de alimentos e itens de primeira necessidade.
A ação conjunta da Cageacre, secretaria de Estado da Casa Civil, Sepi, Sema e SEASDH está atendendo seis abrigos com cestas básicas, além de fraldas descartáveis para crianças, redes e cortinados, para garantir mais conforto aos desabrigados e desalojados.
Na terça-feira, 27, o governo do Estado enviou 300 kits família para atender as comunidades indígenas do Juruáatingidas pelas inundações. Esse primeiro lote está sendo encaminhado para os Ashaninkas e Araras do Rio Amônia, e além de alimentos, conta com kits de limpeza.
Nas dez cidades mais críticas, há 62 abrigos públicos atendendo 5.960 pessoas desabrigadas. Além disso, há 8.516 pessoas desalojadas, ou seja, que foram para casa de familiares ou amigos.
Pessoas desabrigadas: 914
Pessoas desalojadas: 567
Nº de bairros atingidos: 34
Abrigos: 10
Pessoas desabrigadas: 52
Pessoas desalojadas: 239
Nº de bairros atingidos: 13
Abrigos: 2
Pessoas desabrigadas: 138
Pessoas desalojadas: 316
Nº de bairros atingidos: 6
Abrigos: 4
Pessoas desabrigadas: 230
Pessoas desalojadas: 2487
Nº de bairros atingidos: 5
Abrigos: 2
Pessoas desabrigadas: 340
Pessoas desalojadas: 125
Nº de bairros atingidos: 4
Abrigos: 4
Pessoas desabrigadas: 1.706
Pessoas desalojadas: 2.061
Nº de bairros atingidos: 4
Abrigos: 7
Sena Madureira
Pessoas desabrigadas: 138
Pessoas desalojadas: 0
Nº de bairros atingidos: 2
Abrigos: 2
Pessoas desabrigadas: 1.010
Pessoas desalojadas: 750
Nº de bairros atingidos: 4
Abrigos: 10
Pessoas desabrigadas: 521
Pessoas desalojadas: 960
Nº de bairros atingidos: 2
Abrigos: 6
Pessoas desabrigadas: 911
Pessoas desalojadas: 1.011
Nº de bairros atingidos: 13
Abrigos: 15
Para solicitar atendimento em decorrência das chuvas, basta entrar em contato com o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), por meio do 193.
Há um efetivo empenhado (Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e secretarias de Estado) para atender as famílias necessitadas.
Obs: Os números podem sofrer alterações de acordo com o horário de divulgação deste boletim.
Confira o relatório direto no site do Corpo de Bombeiros.
Segundo o Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), baseado em dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), a previsão do tempo no Acre para esta quarta-feira, 28, será de céu nublado a encoberto com chuva a qualquer hora do dia nas cidades do oeste acreano. Há possibilidade de grandes acumulados de chuva. Já na capital e demais regiões do estado, a previsão é de sol entre muitas nuvens, tempo abafado e pancadas de chuva com trovoadas entre a tarde e à noite.
Todos os dados são concentrados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) por meio do Cigma, onde funciona a sala de situações e monitoramento ambiental.
Para prevenir acidentes, a concessionária de energia elétrica Energisa orienta aos clientes afetados pela cheia a não tentar consertar eventual falta de energia. Se a casa for atingida pela água da enchente, desligue o disjuntor de energia (chave geral).
A empresa atua sempre em parceria com a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros para avaliar ou realizar o desligamento da energia por motivo de segurança das equipes que estão atuando no resgate das famílias atingidas pelas águas.
A Energisa reforça que, ao identificar algum perigo com a rede elétrica, o cliente deve entrar em contato pelos canais de atendimento: aplicativo Energisa ON, Gisa (www.gisa.energisa.com.br) e call center 0800-647-7196.
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