Desses, 32 pessoas ocupavam papel de chefia dentro dos coletivos criminosos que atuam no Ceará
Investigações aprofundadas, um trabalho de inteligência rebuscado e diligências dentro e fora do Ceará resultaram, em 2023, nas prisões de 242 pessoas membros de grupos criminosos que atuavam no Ceará. As ofensivas são coordenadas pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco), unidade especializada da Polícia Civil do Estado Ceará, que trabalha de forma ininterrupta com foco em desmembrar e descapitalizar grupos criminosos que atuam na comercialização do tráfico de drogas, bem como envolvidos em lavagens de dinheiro e homicídio. Dentre os alvos, 32 pessoas ocupavam papel de chefia. Os números apresentam ainda que, em 2023, 47 armas de fogos foram apreendidas desses grupos, bem como 1.850 munições de diversos calibres foram retiradas de circulação.
Os policiais civis da Draco, atuando em oito fases da “Operação Profilaxia” e na primeira fase da “Operação Quebrando a Banca”, todas deflagradas no ano passado, cumpriram centenas de mandados de prisão preventivas e de busca e apreensão. O montante faz parte de um trabalho com investigações que duraram pouco mais de um ano e, após o desdobramento da prisão do alvo identificado como Francisca Valeska Pereira Monteiro, vulgo “Majestade”, presa pela Draco em 2021. Com a prisão dela, outros indivíduos ligados à “Majestade” foram identificados e presos nas operações deflagradas nos anos seguintes à prisão dela. Comparado ao ano de 2022, onde foram capturadas 147 pessoas, houve um aumento de 64,63% no número de prisões, já que em 2023 houve 95 prisões a mais.
Para o delegado titular da Draco, Alisson Gomes, o aumento das capturas está ligado diretamente ao trabalho qualificado da Polícia Civil. “O aumento dessas prisões representa o êxito das estratégias da Polícia Civil do Ceará, de buscar mapear membros de grupos criminosos, como seus referidos chefes. Bem como promover o sufocamento financeiro e o aumento dos índices de prisões, de apreensões de arma de fogo, e isso representa um grande baque nestes grupos criminosos”, pontuou Alisson Gomes.
Com o lucro financeiro, muitas vezes adquirido com a comercialização do tráfico de drogas, indivíduos investem em imóveis, carros de luxo, entre outros objetos para facilitar na lavagem de dinheiro. Com aprofundamento das investigações foram apreendidos em 2023, 42 veículos, avaliados em pouco mais de três milhões. Os números da Draco apresentam, ainda, que 47 armas de fogo foram retiradas de circulação, um aumento de 147,37% comparado ao ano de 2022, que teve apenas 19 armas de fogo apreendidas pelos investigadores e mais de mil munições de diversos calibre. Ao todo, totalizam-se mais de sete milhões de bens apreendidos.
Outro objetivo das Forças de Segurança é mapear cada partícipe dos coletivos criminosos, que são divididos para realizar diversas funções, como, também sua liderança, o que ocasiona o enfraquecimento e desorganização desse grupo criminoso. “O nosso trabalho é minucioso, estratégico e cuidadoso para retirar de circulação, também, esses chefes que realizam a tomada de decisão. Por isso entregamos um número tão expressivo. Com apoio do nosso Departamento de Inteligência (DIP) da PCCE, da Coordenadoria de Inteligência (Coin) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), conseguimos prender 32 chefes, desse, alguns presos no estado do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Norte. O que deixa claro que nosso trabalho qualificado e integrado se estende para outros estados e prendemos todos os indivíduos que estão no radar das Forças de Segurança do Ceará”, finalizou o titular da Draco.
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