Em pronunciamento no Plenário na terça-feira (17), o senador Rogério Marinho (PL-RN) condenou os ataques do Hamas contra Israel. O senador criticou a reação do governo brasileiro que não adotou a classificação de “terrorista” ao se referir ao grupo islâmico. Marinho também repudiou a posição do Partido dos Trabalhadores (PT) que, segundo ele, acusou Israel de “genocídio”, ignorando o histórico de perseguição e tragédia do povo judeu.
— E o faz com uma alegação de que não pode acusar essa organização terrorista de terrorista porque a ONU [Organização das Nações Unidas] assim não determinou, como se a liberdade, o condicionamento, o arbítrio do Brasil estivessem subordinados a uma instituição, por mais importante que ela fosse. Acho que o Brasil tem que estar subordinado, sobretudo, à ética, à moral, à civilidade, ao humanismo, ao respeito aos seres humanos — declarou.
O senador destacou ainda a gravidade dos ataques que incluiriam, de acordo com ele, rapto e decapitação de crianças, estupros e assassinatos de civis desarmados e de forma desavisada. A população civil, disse, está sendo usada como refém pelo Hamas, pagando um preço que não deveria pagar.
— É inconcebível esse tipo de comportamento de um partido político que relativiza o termo terrorismo na hora em que claramente ele se aplica e abre os peitos em discursos, em declarações, em ilações feitas dizendo que depredação de prédio público é terrorismo. Parece-me que há, claramente, um erro de avaliação primário. Se quebrar uma vidraça, invadir um prédio público é terrorismo, decapitar uma criança não é? Acho que o viés ideológico está cegando os olhos do Partido dos Trabalhadores — concluiu.
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