Neste mês de setembro, a Unidade de Cuidados Prolongados (UCP) do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), completa seu primeiro ano de operação com um histórico marcado por conquistas e o compromisso em fornecer assistência especializada e compassiva a crianças com condições complexas, incluindo aquelas que requerem ventilação mecânica. Desde sua inauguração, a UCP tem desempenhado um papel crucial na vida das crianças com doenças crônicas no estado do Ceará.
Nos últimos 12 meses, a UCP admitiu um total de 230 pacientes, dos quais 115 receberam alta hospitalar, celebrando um momento significativo na vida dessas crianças e de suas famílias. Além disso, a UCP colabora ativamente com outros setores do hospital, incluindo o Programa de Assistência Domiciliar (PAD) e o Programa de Assistência Ventilatória Domiciliar (Pavd).
A coordenadora da UCP, a médica intensivista Cinara Carneiro, destacou a importância do trabalho da unidade em parceria, ainda, com a Comissão de Cuidados Paliativos. A equipe garantiu que os óbitos ocorridos no período de funcionamento da unidade tivessem plano de limitação definido e cuidados de fim de vida.
“Fazia parte da progressão da doença, com controle de sintomas, com planejamento apesar de triste e inevitável diante da condição, com a família ao lado e acolhimento. Nesses 12 meses, entendo que conseguimos alcançar os nossos objetivos iniciais e atendemos a dinâmica da instituição”, afirmou Cinara.
De acordo com a diretora geral do Hias, Fábia Linhares, a UCP tem desafiado preconceitos e mudado a percepção da comunidade sobre crianças com doenças crônicas e em cuidados paliativos, além de contar com equipes multiprofissionais que vêem no trabalho um propósito maior. “A unidade também se dedica a melhorar a qualidade de vida das crianças com condições crônicas, com a intenção de desospitalizar e permitir que elas continuem seu tratamento em casa, ao lado de suas famílias”, destacou.
A equipe multiprofissional da UCP, composta por médicos, pediatras, nutricionistas, fonoaudiólogos, enfermeiros, técnicos, psicólogos, fisioterapeutas e farmacêuticos, trabalha de forma contínua oferecendo atendimento, focado nas necessidades individuais de cada criança atendida.
Cada um desses profissionais vem fazendo a diferença na vida de pacientes como a Maraísa Oliveira, de 5 anos. A pequena enfrenta problemas complexos de saúde, incluindo epilepsia grave, síndrome degenerativa e encefalopatia crônica. Sua mãe, Janaína Oliveira, detalha que tem recebido o apoio necessário durante a jornada de internação prolongada.