As ginásticas rítmica e artística do Paraná estão a todo vapor. Nos últimos anos, foram alcançados resultados excelentes nas duas modalidades, e isso se deve, além do talento e dedicação dos atletas e treinadores, ao grande incentivo do Governo do Estado. Eles são viabilizados por meio dos Programas Geração Olímpica e Paralímpica e Proesporte, além de espaços qualificados do Estado cedidos para treinamento.
O Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística, em Lauro de Freitas, na Bahia, é um exemplo recente de sucesso na modalidade. Júlia Soares, bolsista do Geração Olímpica, ficou com o vice-campeonato na disputa deste final de semana, atrás apenas de Jade Barbosa. Ela ainda levou o bronze na trave.O evento, que foi disputado no Centro Pan-Americano de Judô e reuniu 50 ginastas de 12 equipes no feminino e 37 atletas de 10 clubes no masculino, serviu como teste para o Mundial, que será realizado na Antuérpia, na Bélgica, a partir de 30 de setembro.
A ginasta também acumula ouros em Sul-Americanos e conquistou no começo do ano um ouro inédito no solo naDTB-Pokal, tradicional torneio da modalidade, disputado na Alemanha.Ela também faz parte da Seleção Brasileira da ginásticas artística.
Com suas performances impressionantes, Bárbara Domingos, a Babi, da ginástica rítmica, conquistou diversos títulos importantes nos últimos anos, como o Campeonato Sul-Americano, em 2018, e o Campeonato Brasileiro, em 2019. A atleta também representou o Brasil em competições internacionais, como o Mundial em 2019, demonstrando sua habilidade e dedicação ao esporte. Ela é bolsista desde 2015.
E a trajetória dela só cresceu desde então. Babi fez história no Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica, em Kitakytushu (2021), no Japão, ao se tornar a primeira atleta brasileira a chegar à final individual. Também conquistou seis medalhas (4 ouros, 1 prata e 1 bronze) no Campeonato Sul-Americano de Ginástica Rítmica, em Paipa, na Colômbia (2022). Ela garantiu, ainda, o terceiro lugar na série fita, fazendo história mais uma vez ao ser a primeira ginasta do Brasil a trazer medalhas em uma Copa do Mundo, emSofia, na Bulgária.
E as perspectivas são ótimas. Para o Mundial de Valência, que inicia nesta semana, na Espanha, além da Bárbara Domingos, que treina no Ginásio da Secretaria do Esporte, representando o Paraná, estarão presentes as atletas Nicole Pircio, de Londrina, e Giovanna Oliveira Silva, de Toledo, todas bolsistas do programa Geração Olímpica e Paralímpica.
BOLSA-AUXÍLIO– Na edição 2023 do programa GeraçãoOlímpica e Paralímpica 66 atletas e cinco técnicos da ginástica foram contemplados, com destinação de R$ 92 mil, até o momento, à modalidade. No total, nesta edição, o investimento é R$ 5,2 milhões, com patrocínio exclusivo da Copel, para bolsa-auxílio a atletas e técnicos vinculados a instituições paranaenses (federações e escolas), atendendo desde jovens promessas a estrelas de renome internacional. O programa já investiu cerca de R$ 50 milhões, somadas suas 12 edições.
Outra contribuição importante é a disponibilização do centro de treinamento dos atletas de Curitiba e região, localizado na sede da Secretaria estadual do Esporte, no bairro Capão da Imbuia. Com ginásios reformados e equipados, os atletas podem se preparar com qualidade e excelência para os grandes desafios da ginástica mundial e continuar a busca por mais medalhas.
De acordo com o secretário estadual do Esporte, Helio Wirbiski, estes investimentos são imprescindíveis para obter bons resultados. “Desde a primeira gestão do governador Ratinho Junior, o valor investido no esporte tem crescido significativamente e temos colhido bons frutos desta ação, com as inúmeras conquistas dos atletas paranaenses”, afirma.
Segundo a atleta Dayane Camillo, de Londrina, duas vezes finalista do conjunto de ginástica rítmica dos Jogos Olímpicos e bicampeã dos Jogos Pan-americanos, o incentivo do Governo do Paraná à modalidade foi fundamental para o sucesso da modalidade nos últimos anos. “Quando eu comecei, o conjunto do Brasil lutava para não ficar em último nas competições. Com incentivo do governo e muita dedicação, fomos finalistas olímpicas por duas vezes”, comemora.
Dayane hoje é treinadora e ressalta a importância da preparação destes profissionais para ter atletas de alto rendimento competitivo. “A formação continuada dos professores que é proporcionada pela Escola do Esporte da Secretaria do Esporte do Paraná é de fundamental importância para que os atletas de ponta estejam sempre atualizados e com chances reais de medalha, estamos muito bem estruturados aqui no Estado", complementa.
O Geração Olímpica e Paralímpica levou 35 bolsistas para as Olímpiadas de Tóquio,sendo 10 olímpicos e 25 paralímpicos. Foram nove medalhas conquistadas nos Jogos Paralímpicos: três de ouro, dois de prata e quatro de bronze.
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