O Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) realizou na manhã desta quinta-feira, 10, em Cruzeiro do Sul, a entrega de documentos de licenciamento ambiental a produtores de café do Vale do Juruá. A solenidade contou com a presença de outros órgãos ambientais, com o objetivo de promover políticas públicasque beneficiem agricultores da região.
Alguns produtores estiveram presentes no evento, já com sua licença ambiental em mãos. O documento prevê a autorização para construção, instalação e ampliação de atividades produtivas.
“Antigamente esses produtores tinham que mandar esse processo de licenciamento para Rio Branco. Hoje nós estamos concentrando nossas forças no Juruá, e isso acelera a questão do licenciamento ambiental”, afirma André Hassem, presidente do Imac.
Donário Cordeiro é produtor de café e foi um dos contemplados com a licença ambiental, que foi entregue em menos de 30 dias após o início do processo. “O crédito nos bancos era uma das grandes dificuldades e essa licença vai me ajudar bastante”, disse.
Atualmente há, na região do Juruá, quase dois milhões de pés de café, distribuídos em 450 hectares. Cerca de 180 produtores da agricultura familiar esperam colher em torno de 31 mil sacas em 2025.
Jonas Lima, presidente da Coopercafé, cooperativa de café na região, explica que em 2023 foram colhidas aproximadamente 2,2 mil sacas de café pilado, fazendo circular mais de R$ 1 milhão na economia local.
O gestor abordou a importância da iniciativa do Imac. “Parabenizo essa ação do governo, que tem se mostrado muito parceiro dos agricultores familiares. O presidente do Imac nos garantiu que tudo vai ser feito aqui no Juruá e, para os agricultores, esse é um grande passo”.
Ao fim da solenidade, a equipe do Imac recebeu um drone que auxiliará nas ações realizadas pelo órgão no Vale do Juruá.
O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Nicolau Júnior, esteve no evento e, para ele, é importante que produtores e Imac estejam em parceria. “Eu estou aqui representando a Aleac para ouvir pontos que possa levar para a Casa, olhar para o futuro e ajudar o homem do campo”, disse.
Marlos Lino, gerente do Banco da Amazônia em Cruzeiro do Sul, explicou que já foram investidos R$ 15 milhões na agricultura familiar e produção rural e, a partir de agora, o objetivo principal é a expansão. “Nós não temos metas, temos um valor expressivo, mas temos recursos suficientes para trabalhar e abrir portar”, afirma.
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