O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) afirmou em pronunciamento na terça-feira (8) que as críticas internacionais às políticas ambientais brasileiras na Amazônia são injustas, pois o país "preserva a natureza como nenhum outro". O parlamentarcitou estudo da Embrapa sobre as florestas primárias do mundo e afirmou que a Europa— "que mantém as ONGs que hoje estão aqui financiando essas COPs, essas cúpulas" — tem apenas 0,3% do que tinha há 8 mil anos, enquanto o Brasil ainda conta com 69% de suas florestas primárias.
— O mundo deve para a Amazônia brasileira, para os estados amazônidas que temos aqui hoje. Por isso, eu quero fazer essa colocação e dizer que eu não quero desmatar, mas este é o valor que o Brasil tem para receber, se alguém tiver que pagar para nós: US$ 200 bilhões, US$ 300 bilhões, para nós preservarmos. Esse é o valor da floresta em pé, e eu não quero desmatá-la, apenas quero usar as áreas degradadas, que são uma infinidade muito pequena do que nós temos lá — disse Heinze.
O senador também disse que o Brasil está entre os dos países que menos emitem gás de efeito-estufa.
— A China emite 29%, os Estados Unidos, 14%, a Índia, 7%, e assim eu pego os países. Se eu pegar a Europa, se eu pegar a América do Norte, a Ásia, 70%, 80% de emissão. No Brasil, míseros 1,29%, e nos criticam. É um absurdo! Eu não quero emitir mais, mas tem que respeitar o que nós preservamos, respeitar o que nós emitimos e não falar mal do nosso país, do Brasil. Portanto, o mundo nos deve!
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