A Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas do Acre (Semapi) realizou nesta quarta-feira, 2, os painéis “Monitoramento de secas e impactos no Acre” e “Zoneamento ecológico: gestão de território para o desenvolvimento ambiental, social e econômico”, ministrados no estande Caminhos para a Sustentabilidade, na Expoacre, em Rio Branco.
A exposição sobre o Programa Monitor de Secas foi apresentado pela técnica de monitoramento na Sala de Situação do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), Queren Luna; pelo professor da Universidade Federal do Acre (Ufac) e pesquisador da Woodwell Climate Research Center, Foster Brown; e pelo professor e pesquisador da Ufac Alexandre Franco.
Queren Luna explicou como é feita a qualificação e quantificação dos dados processados pelo Cigma, órgão ligado à Semapi, e como se subsidiam informações aos gestores, secretários e gabinete da Casa Civil para tomadas de decisões frente aos eventos climáticos. “O Monitor de Secas é um programa da Agência Nacional de Águas, em que o Acre tem uma participação importante, porque compõe a equipe de validação do Monitoramento da Seca no Brasil”.
Um dos objetivo da palestra de Foster Brown foi repassar informações científicas para ajudar no diálogo sobre soluções para cuidar da região e do planeta, começando com as secas.
“Estamos enfrentando mudanças climáticas, não é algo do futuro, é a situação atual e, para poder reagir e se antecipar, monitoramento é fundamental. Esta discussão é uma coisa que ganhou mais importância nos últimos anos e este ano, especialmente, estamos muito preocupados com o potencial de seca prolongada. Então o monitoramento vai ser crucial”, explicou Brown.
Já Alexandre Franco ressaltou as consequências da situação no cotidiano das pessoas: “Agora estamos sendo assolados por este período de seca, que tem repercutido muito, sobretudo com problemas ligados à água. É muito importante a população se inteirar dessas questões, porque a partir dos problemas que conhecemos podemos encontrar soluções”.
Zoneamento ecológico (ZE), apresentação dos zoneamentos do estado e estudos temáticos que compõem o ZE na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foram os temas abordados pelo pesquisador da Embrapa Acre Eufran Amaral: “O tema do ZE é importante, pois permite não só ao técnico olhar a relevância do instrumento, mas também que ele veja como pode ser utilizado, como está sendo utilizado e que possibilidades tem de futuro, de inserção desse tema no dia a dia”.
A chefe do Núcleo de Gestão do Zoneamento Ecológico Econômico (Nugzee) da Semapi, Jomara de Souza, apresentou o detalhamento de como será operacionalizado o núcleo e os setores no novo organograma da pasta.
Nésia Moreno, engenheira florestal e servidora do Estado, participou dos painéis e aprovou a iniciativa: “É inédito para a sociedade conhecer um pouco do Estado e das políticas públicas que aqui são implementadas”.
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