Como estão os preparativos dos Jogos Olímpicos na pandemia
[caption id="attachment_1664" align="aligncenter" width="733"] FOTO: DIVULGAÇÃO[/caption]Por causa da pandemia do coronavírus, que assola o Brasil e o Mundo a mais de um ano, os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, está enfrentando problemas para realizar alguns eventos e cerimônias, com dificuldades de datas, logística na área de transporte e até mesmo tendo que fazer cancelamentos de atividades importantes que antecede o início do evento.
Inicialmente previsto para acontecer no ano passado, as Olimpíadas teve que ser adiada para este ano e irá acontecer entre os dias 23 de Julho e 8 de Agosto de 2021.
A princípio, o COI (Comitê Olímpico Internacional ) e o Comitê Organizador dos Jogos, não queriam o adiamento, mas depois de pressões de alguns países, como A Inglaterra, Canadá, Alemanha, Austrália, entre outros, que ameaçaram não participar das Olimpíadas por causa da situação que o mundo atravessava na época com a disseminação do vírus por todos os continentes, acabaram cedendo e aceitaram adiar por um ano.
Foi a primeira vez na Era Moderna que uma Olimpíada foi postergada por causa de uma crise mundial de saúde.
Houve em outras três oportunidades a necessidade dos jogos serem cancelados, em 1916 a Olimpíada seria disputada em Berlim, Alemanha, mas foi cancelada devido à Primeira Guerra Mundial.
Em 1940, a cidade de Helsinque, Finlândia, estava preparada para receber o evento, mas um ano antes explodiu a Segunda Guerra Mundial, que também não permitiu a realização da Olimpíada de 1944, que seria disputada em Londres, Inglaterra, pois ela perdurou até o ano de 1945.
Mas o adiamento não foi o único problema que o Japão enfrentou realizar os jogos, recentemente o presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020, Yoshiro Mori, teve que renunciar por causa de comentários sexistas que indignaram os japoneses e repercutiu em todo o mundo gerando críticas de atletas mulheres.
Ele foi substituído pela ex-atleta Seiko Hashimoto, de 56 anos, medalhista de bronze nos jogos Olímpicos de inverno de 1992 em Albertville, França, ela ocupava o cargo de Ministra da Olimpíada no governo Japonês.
Logo que assumiu como presidenta do Comitê Organizador de Tóquio 2020, já teve que tomar uma decisão difícil junto com o governo Federal, que foi a de adotar a medida de não receber público estrangeiro para as Olimpíadas, para evitar a disseminação do covid-19.
Cerca de 600 mil ingressos já tinham sido comprados por quem reside no exterior, e segundo Toshiro Muto, presidente-executivo do Comitê Organizador, as pessoas serão ressarcidas, porém os custos com o cancelamento em hotéis ou pousadas não estarão incluídos no reembolso.
A CERIMÔNIA DA TOCHA OLÍMPICA EM FUKUSHIMA
[caption id="attachment_1671" align="aligncenter" width="724"] ATLETA ACENDENDO A TOCHA EM FUKUSHIMA FOTO: REUTERS[/caption]Outro evento marcante que também sofreu alterações por conta da pandemia foi o revezamento da tocha olímpica, que precisou fazer alterações do seu trajeto original.
A cerimônia do início do revezamento aconteceu no dia 25 de março de 2021, sem público, para evitar aglomerações e conter a disseminação do vírus, e vai se encerrar no estádio Olímpico de Tóquio no dia 23 de julho, dia da abertura dos jogos, quando a pira será acesa.
A cidade de Fukushima foi escolhida por ser o local onde há dez anos ocorreu a explosão de um reator da usina nuclear, provocado por um terremoto seguido de um tsunami, que deixou 20 mil mortos ao todo no país.
O revezamento vai percorrer as 47 prefeituras do Japão e terão ao todo 10 mil pessoas que carregarão a tocha, e quando for permitida a presença do público para acompanhar o trajeto, o comitê já definiu que as pessoas presentes terão que seguir os protocolos estabelecidos de proteção contra a covid-19, como o uso de máscaras, que será obrigatório, e o distanciamento.
Outro assunto que está causando dor de cabeça aos organizadores, são os eventos- teste, que servem de ensaio para testar se o local está preparado para receber a competição, testar a infraestrutura, a logística e vários outros aspectos.
Serão 18 eventos- teste previstos até o início das Olimpíadas, sem a presença de público, e atletas, organizadores e jornalistas que vão cobrir o evento, terão que seguir rigorosamente as medidas em vigor, como limitar o contato físico, respeitar o distanciamento de pelo menos um metro, e a higienização constante das mãos.
O Comitê anunciou que será permitida a participação de atletas estrangeiros no evento-teste de atletismo, mas não confirmou se isto valerá para todos os eventos ainda.
Diante desta constante preocupação mundial por causa do coronavírus, o COI (Comitê Olímpico Internacional ) anunciou que fez um acordo com a China e vai vacinar todos os atletas e equipes que vão participar dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos a partir de Julho, com o imunizante chinês.
TODOS OS LOCAIS DE PROVAS ESTÃO PRONTOS
[caption id="attachment_1673" align="aligncenter" width="706"] ESTÁDIO NACIONAL DE TÓQUIO FOTO: REPRODUÇÃO[/caption]São esperados a participação de mais de 204 países, em torno de 11 mil atletas, disputando 33 modalidades esportivas, incluindo 4 esportes que farão a sua estreia em uma Olimpíada, são eles o surfe, escalada desportiva, skate e beisebol /softbol.
Dois países estarão ausentes na competição, a Coréia do Norte anunciou que não participará por receio que seus atletas e integrantes da delegação possam ser infectados pelo covid-19.
Já a Rússia não participará porque foi banida pelo CAS (corte arbitral do esporte), de todos os eventos esportivos até 2022, por manipulação e inclusão de testes falsos para antidoping e destruição de documentos.
A 32º edição dos jogos Olímpicos tem números grandiosos, com orçamento estimado em U$ 12,6 bilhões, com o Governo Federal investindo mais U$7,5 bilhões, para a construção e reforma de 43 locais de competições, sendo o Estádio Nacional de Tóquio, a maior obra, com um custo final de U$ 1,5 bilhão de dólares.
O evento contará com mais de 80 mil voluntários, que deverão dar suporte aos jornalistas estrangeiros, ajudar as equipes de competição, orientações sobre transporte e alojamentos, entre outras atividades.
Mesmo com a pandemia ainda sendo a principal fonte de preocupação do mundo , os organizadores estão confiantes que poderão realizar os jogos com segurança, e dar aos atletas toda autonomia de competir com igualdade de condições, e proporcionar emoções que só as Olimpíadas podem nos conceder.
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