A Turquia é campeã da Liga das Nações. O título inédito para as turcas veio na noite deste domingo, após vitória na final contra a China, em Arlington, nos Estados Unidos. Comandada pela cubana naturalizada Melissa Vargas, com 26 pontos, a Turquia fez 3 sets a 1, parciais de 25/22, 22/25, 25/19 e 25/16.
Em cinco edições da Liga das Nações até hoje, a Turquia já tinha sido vice-campeã (2018), terceira (2021) e quarta colocada (2019 e 2022). Neste ano, com Vargas liberada para jogar e comandada pelo técnico italiano Daniele Santarelli (campeão mundial com a Sérvia no ano pasado), enfim, as turcas conquistaram seu primeiro grande título internacional.
A oposta Vargas, aos 23 anos e em sua primeira participação com a seleção turca, foi destaque desde o primeiro set, liderando as estatísticas de ataque e de saque. Agora ponteira, Karakurt também foi importante para superar o bom sistema de defesa da China. Do lado chinês, a craque Y. Y. Li começou a atuar decisivamente da metade do segundo set em diante. E a ponteira da China foi decisiva para a equipe vencer o segundo set. Naquele momento, o duelo entre as melhores jogadoras da decisão começava.
No terceiro set, além do duelo Vargas x Li, quem passa a decidir é a turca Karakurt. E com duas craques contra uma, a Turquia abriu boa vantagem no set. E mais do que a dupla, toda a seleção de Santarelli jogou bem e superou a China nesta terceira parcial.
No set decisivo, bloqueio, saque, defesa, tudo deu certo para a Turquia. Única seleção a estar em todas as semifinais da Liga das Nações, a equipe turca estava pronta para ser campeã pela primeira vez. Um título inédito e merecido, graças às jovens que um dia foram campeãs mundiais na base mas também às estrelas que impulsionam o vôlei no país que mais investe na modalidade feminina no momento.
Bom lembrar que a Turquia está no grupo do Brasil no pré-olímpico que classifica duas seleções para os Jogos de Paris 2024. Além de Brasil e Turquia, disputam as duas vagas na chave o Japão, que joga em casa, Bélgica, Bulgária, Porto Rico, Argentina e Peru. As disputas dos três grupos com oito seleções neste pré-olímpico serão de 16 a 24 de setembro.
As brasileiras foram eliminadas na Liga das Nações nas quartas de final, após derrota por 3 sets a 1 para a China.
TERCEIRO LUGAR
Na disputa do terceiro lugar, a Polônia venceu os Estados Unidos por 3 sets a 2, parciais de 25/15, 16/25, 25/19, 18/25 e 17/15. Foi a primeira vez que a Polônia --melhor seleção da fase de classificação deste ano-- ficou entre as três melhores da Liga das Nações. As americanas foram campeãs em três edições (2018, 2019 e 2021) das cinco que foram disputadas até hoje.
Jogando em casa, as jogadoras comandadas por Karch Kiraly não repetiram a força que demonstraram na conquista do título olímpico em Tóquio, em decisão contra as brasileiras em 2021. Polônia e Estados Unidos estão no mesmo grupo do pré-olímpico. As polonesas jogam em casa, em setembro, em chave que ainda tem Itália, Alemanha, Tailândia, Colômbia, Coreia do Sul e Eslovênia.
Seleção do campeonato
Li (CHN) - melhor ponteira
Lukasik (POL) - melhor ponteira
Gunes (TUR) - melhor central
Yuan (CHN) - melhor central
Orge (TUR) - melhor líbero
Diao (CHN) - melhor levantadora
Vargas (TUR) - melhor oposta e MVP
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