O governo do Acre, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasd), realizou a continuação da programação com a comitiva interministerial do governo federal que veio tratar da situação migratória no estado, em reunião realizada na sede do Ministério Público (MPAC), em Rio Branco, nesta terça-feira, 4.
Em nome do governo federal, participaram da cerimônia Interministerial, 21 representantes dos ministérios da Defesa, dos Direitos Humanos, da Saúde, da Justiça e das Relações Exteriores, também da Secretaria Nacional da Assistência Social (Snas), da Força Nacional e da Casa Civil da Presidência da República, além de membros da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Agência da ONU para Refugiados (Acnur).
A secretária Nacional de Relações Exteriores, Anna Paula Mamede, observou que esforços estão sendo realizados para trabalhar a questão migratória, que não é uma questão específica emergencial, e que é necessário realizar levantamentos para destinar recursos: “O Acre tem ajudado a pensar em como tratar a questão migratória no âmbito da assistência social e dos outros serviços”.
A chefe da Assistência Social de Rio Branco, Suellen Araújo, abordou a importância da adoção da transdisciplinaridade no tratamento dado à questão.
“A política de direcionamento não pode ser só a assistência social, porque a passagem de migração pode passar antes pela saúde, pelos médicos, até serem recebidos pela assistência social. Há várias situações culturais, gastronômicas, linguísticas, para possibilitar o atendimento e existem outros fatores para ficarmos atentos e darmos continuidade à política”, afirmou.
A fim de conhecer as necessidades assistenciais e estruturais da cidade de Rio Branco, que acolhe migrantes das zonas fronteiriças de Assis Brasil, Brasiléia e Epitaciolândia. A assistência social do município, espera, que por meio da visita interministerial hajam mudanças, principalmente, do local de acolhimento, o qual não supri às demandas do município.
“Nós temos um espaço com dormitórios, refeitórios, banheiros, cozinha, só que é um espaço que foi adaptado, ele não foi construído e não foi encontrado para que fosse feita essa casa de passagem. O município não tem construções para que sejam alugadas com regularidade e com documentação”, afirma Suellen Araújo.
Os representantes interministeriais visitaram o Abrigo Municipal de Migrantes da capital, um dos principais destinos dos migrantes no estado, para conhecer as instalações, realizadas em uma estrutura emprestada e que não oferece condições adequadas de acolhimento.
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