A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados discute, na terça-feira (27), os impactos da dependência tecnológica na sociedade. De acordo com o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), que solicitou a realização do debate, a nomofobia – uma abreviação de no-mobile phobia, termo criado no Reino Unido para descrever a angústia de estar sem o aparelho celular ou outros aparelhos eletrônicos – já foi classificada como doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
"Embora no Brasil esse ainda seja um tema pouco conhecido, Japão e China já contam com centros de reabilitação e consideram essa dependência um problema de saúde pública", afirma Ribeiro. "Dessa dependência advém sintomas físicos e emocionais, como angústia, ansiedade, irritabilidade, medo, crises de pânico, falta de ar, tontura e outros, podendo desencadear a depressão", explica o parlamentar.
Aureo Ribeiro lembra que, em 2015, apresentou um projeto de lei (PL 2498/15) sobre o tema que já propunha a criação de centros de atenção aos usuários compulsivos de serviços de internet e redes sociais, a fim de orientar quanto à sua utilização de forma controlada e moderada.
Foram convidados para discutir o assunto, entre outros:
- o coordenador do grupo de dependências tecnológicas do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Cristiano Nabuco;
- a psicóloga, especialista em fenomenologia existencial e mestranda pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Beatriz Mendes; e
- a psicóloga clínica e terapeuta cognitivo-comportamental Aline Paz.
O debate será realizado às 10 horas, no plenário 10.
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