POR QUE AS PESSOAS IGNORAM A PANDEMIA E DESRESPEITAM OS DECRETOS?
POR QUE AS PESSOAS IGNORAM A PANDEMIA E DESRESPEITAM OS DECRETOS?
02/04/2021 às 22h19Atualizada em 03/04/2021 às 01h19
Por: Sidney Feitosa
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Em meio a pandemia pessoas circulam em grandes espaços sem máscaras
[caption id="attachment_1254" align="aligncenter" width="712"] Foto de Igor Mota (oliberal.com)[/caption]
No final de Fevereiro 2020 o Brasil registrou o primeiro caso da Covid-19, enquanto a Europa já registrava centenas de pacientes com a doença, mas apenas em março foi realizada declaração de transmissão comunitária no país junto com o anúncio da primeira morte.
Desde então os números de mortos e infectados dispararam, a pandemia se instaurava no Brasil.
Várias regiões brasileiras tiveram picos elevados, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas.
Estudos foram feitos e mostraram que a contaminação ocorre pelo contato direto pelas mãos, alimentos e também pelas vias áreas, a higienização das mãos e o uso de máscaras tornaram-se obrigatórias e como um dos sintomas é a febre, passou-se também medir as temperaturas das pessoas na entrada de locais de serviços essenciais como supermercados, farmácias entre outros.
Em sessão por videoconferência, o Supremo Tribunal Federal decidiu na quarta-feira 15 de Abril de 2020 que, além do governo federal, os governos estaduais e municipais têm poder para determinar regras de isolamento, quarentena e restrição de transporte e trânsito em rodovias em razão da epidemia do coronavírus.
Os nove ministros presentes à sessão votaram de forma unânime em relação à competência dos governos estaduais e municipais para decidir sobre isolamento.
Comércios não essenciais foram fechados, desemprego aumentou, governo criou o “Auxilio Emergencial” de R$600 que fora prorrogado por menor valor, hospitais de campanha foram montados em várias cidades, mas não havia respiradores o suficiente para todos, além também muitas vezes faltarem oxigênio.
Em meio a tudo isso, a Ciencia descartou a eficácia da Cloroquina e da Azitromicina no tratamento ao vírus da sars cov 2.
Eleições municipais foram adiadas para o mês de Novembro, mas ocorreram, durante esse período tivemos uma pausa de números de obtidos e contagiados, chegaram inclusive a desmontar diversos hospitais e leitos provisórios.
As pesquisas avançaram, surgem as primeiras vacinas e com elas polêmicas e discussões sobre a eficiência das mesmas. Enquanto países ricos compravam com antecedência milhares de doses, a discussão por aqui estava longe de encerrar.
Natal e Reveillon com distanciamento social, em um ano que conhecemos outros termos como o isolamento social que prevê que as pessoas se isolem o máximo possível e Lockdown, termo britânico que indica fechamento total da cidade.
Segundo o site Coronavirus Brasil, na tarde deste Domingo (28) foram confirmados 3.438 novas mortes em 24 horas, acumulando um total de 310.550 óbitos desde o início da Pandemia, 12.490.36 pessoas infectadas, 85.948 novos casos, sendo 1.300.185 pessoas sendo acompanhadas e apenas 10.879.627 casos recuperados.
O aumento crescente diante de decretos e dos próprios números de novos casos informados constantemente pela imprensa brasileira.
Por que as pessoas ignoram o que está acontecendo e desrespeitam as leis?
Para compreender essa questão resolvemos perguntar a opinião das pessoas, a fim de tentarmos traçar alguns pensamentos que norteiam possíveis comportamentos sociais.
A primeira entrevistada, Silvana Cava, 58 anos, de Guarulhos –SP, relata que a questão é procurar entender, estudar, acompanhar canais independentes, crescer e ver o que realmente está por trás de tudo o que vem ocorrendo com o mundo, especialmente com o Brasil.
Em conversa mais aprofundada com nossa Equipe Silvana diz: “Acredito que Ciência vai além da fabricação de vacinas contra o Covid19, pois as descoberta de novas fontes de tratamento também devem ser levadas em consideração, uma vez que fazer ciência é fazer experimentos, observar e trazer dados robustos para o enfrentamento de uma doença ainda em estudos.
Estamos lidando aqui com a Ciência versus a Política, e por este motivo precisamos ficar abertos aos caminhos e descobertas que poderão trazer luz as nossas vidas.”
O radialista Cláudio Palermo, 47 anos, também de Guarulhos-SP, vítima recuperada da Covid-19, respondeu que as pessoas são egoístas e individualistas, por serem assim acreditam em conspirações e salvadores.
Em uma terceira opinião a Biomédica Carina Dias, 31anos, Carapicuíba-SP, que trabalhou um semestre na coleta e análise dos exames laboratoriais do Coronavírus, ela acredita que as pessoas no Brasil ignoram a pandemia e desrespeitam os decretos por alguns motivos, tais: primeiro: falta de uma cultura bem definida, bem delimitada, na verdade, uma baita falta de educação.
E de forma enfática Carina nos responde: “ Infelizmente o Brasileiro acostumou-se e até gosta de ir contra as regras em geral, e mesmo se tratando de uma pandemia, os Brasileiros tem sido muito "mal educados" em respeitar os decretos e muito céticos com relação a presença fatídica do vírus.
Com mais de 3.000 mortes por covid-19 por dia no país e ainda há pessoas que acreditam que isso seja jogo político ou invenção dos cientistas. Eu acredito que esses sejam os motivos que mais levam as pessoas a desobedecerem e a ignorarem a pandemia de forma mais arbitrária.”
Ainda em conversa com a Biomédica, ela também destaca que estamos há 1 ano de quarentena e isso além de cansativo é nocivo para a nossa saúde mental, ninguém aguenta mais ficar somente em casa e infelizmente muitas pessoas precisam trabalhar para trazer o sustento para suas famílias e saem nesse vasto campo de guerra em busca do pão de cada dia, desobedecendo por bem ou por mal os decretos e até mesmo fechando os olhos para a pandemia.
O J6 Live por meio desta reportagem reitera a importância de ouvir o leitor, reafirmando a responsabilidade com informação e o compromisso com a sociedade. As opiniões expressas foram reproduzidas integralmente de forma direta e indireta.
A Pandemia e o Coronavírus mostram a cada dia que são reais, os cuidados e protocolos são necessários para preservação de vidas, as leis e os decretos organizam e regulamentam as atividades sociais, os médicos e autoridades da saúde alertam que é preciso que cada um faça sua parte no combate.
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