A comissão especial que acompanha as ações de combate ao câncer no Brasil promove audiência pública nesta quinta-feira (15) para discutir o acesso ao tratamento por radioterapia e radiocirurgia.
O deputado Weliton Prado (Solidariedade-MG), que solicitou este debate, informa que documento da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), entregue ao Ministério da Saúde, aponta que o número de pacientes diagnosticados com câncer sem acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS) chega a 1,1 milhão, e a falta do tratamento pela radioterapia pode ter provocado a morte de 110 mil pessoas entre o período de 2008 e 2022.
De acordo com o documento, elaborado em parceria com a Fundação Dom Cabral, nesse período, 1,7 milhão de pacientes receberam tratamento nos serviços públicos ante uma demanda estimada de 2,8 milhões. E cerca de 75% dos pacientes dependem exclusivamente do SUS.
"Portanto, é preciso debater a situação da radioterapia e radiocirurgia, identificando a quantidade total de aceleradores lineares disponíveis no País, a condição desses equipamentos, a situação de cada região, onde estão distribuídos esses aparelhos, o tempo e a distância que os pacientes percorrem para ter acesso ao tratamento, a formação de médicos e disponibilização da radiocirurgia nos hospitais universitários, os investimentos previstos e já aplicados, e traçar soluções para romper com a gravíssima estimativa apresentada", afirma o deputado, que é presidente da comissão.
Convidados
Foram convidados para discutir o assuto:
- a chefe do Serviço de Radioterapia do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Raquel Domingues da Silva;
- o presidente da Sociedade Brasileira de Radioterapia, Marcus Simões Castilho;
- representante do Ministério da Saúde; e
- representante da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
A audiência está marcada para as 15 horas, no plenário 9.
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