Mesmo com o conservadorismo, a homossexualidade tem sido tratada de forma mais positiva.
[caption id="attachment_1124" align="aligncenter" width="766"] Foto: Observatório G (UOL).[/caption]A decisão do Vaticano que ocorreu na semana passada, comunicando que padres e outros ministros não podem abençoar pessoas do mesmo sexo, causou uma grande repercussão e demonstrou um grande retrocesso social.
Muitas dúvidas de diversas paróquias de todo o mundo sobre a questão de concessões de bênçãos a gays católicos, eram enviadas para o escritório ortodoxo do Vaticano, por esta razão a entidade emitiu um ofício em resposta a todas as dúvidas, e com a aprovação do Papa Francisco.
A nota oficial faz uma distinção clara entre as boas-vindas da Igreja e a bênção de pessoas homoafetivas, que será mantida, mas não sobre as uniões de casais do mesmo sexo.
Em um dos trechos, o documento lembra que, para a Igreja, “Deus nunca deixa de abençoar seus filhos”, mas “não abençoa e não pode abençoar o pecado”.
Deixando clara a posição da entidade, a resposta contém duas páginas, e foi publicada em sete idiomas.
Mesmo com o conservadorismo do catolicismo atual e de diversas entidades evangélicas atuantes que pactuam das mesmas ideologias, a homossexualidade tem sido aceita e tratada de forma mais positiva, o que tem reservado um lugar importante na sociedade.
Considerado um dos maiores tabus universais ainda hoje, a questão de como a sociedade trata a homossexualidade, tem demonstrado uma pequena evolução de como lidar com o tema.
As questões envolvendo os relacionamentos homoafetivos, e o comportamento destes indivíduos que participam deste grupo, sempre foram tratadas de forma absurda por grande parte da sociedade.
Mesmo enfrentando uma grande onda de preconceito, ainda na contemporaneidade, o tema consegue formular suas diretrizes de forma positiva e se consagrar como um assunto de relevância à ser abordado em diversos aspectos.
Durante muito tempo a opção sexual era censurada em relação à autonomia de escolha pelo indivíduo, também era inexistente a abordagem desta questão pela grande massa, que poderia ter colaborado para desmistificar barreiras sobre o assunto e facilitado o entendimento de pessoas que tinham conceitos pré-estabelecidos.
Assim como no passado, ainda hoje pessoas que sentem atração pelo mesmo sexo são perseguidas, sempre são alvos, tanto de ataques verbais quanto físicos, o que demonstra um grande atraso social, e do ser humano enquanto “ser pensante”.
No contexto histórico, o preconceito na maioria das vezes iniciava-se dentro de casa pela própria família, não que essa realidade tenha mudado.
Muitos acreditavam que os enigmas da homossexualidade jamais iriam se diluir no século presente, e para a surpresa de todos, o tema tomou proporções nunca vistas antes.
Grande parte dos pais e mães hoje entendem a importância do apoio, do acompanhamento e da aceitação de seus filhos.
Esse amadurecimento em relação à compreensão das escolhas de seus filhos veio com o entendimento das concepções da individualidade, da qual todos têm o direito. A partir da compreensão dos pais, a liberdade de expressão é assegurada, dando ao indivíduo autonomia para seguir seus reflexos interiores.
A mídia mudou sua forma de abordagem sobre os gays, trata com mais naturalidade os reflexos que a liberdade de expressão ocasionou, colabora desta forma pra uma nova compreensão por parte das pessoas, eliminando assim o “bicho de sete cabeças”.
Foi uma grande evolução até aqui, mas tudo isso não apaga os contrastes produzidos por grupos discriminatórios, entre eles seguidores do Velho Testamento, que interpretam de forma equivocada o cristianismo como o ato de julgar e de condenar.
Alguns cientistas sociais acreditam que a solução para a desconstrução do preconceito e para o fim do conservadorismo violento, está na moral de cada indivíduo, moral esta que está sendo moldada a cada dia por todos os participantes da sociedade universal.
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